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Santander estuda aumento de capital para comprar o Popular

A emissão de novas acções pode superar os 5 mil milhões de euros, noticia a Bloomberg.

06 de Junho de 2017 às 19:06
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O Santander está a estudar a realização de um aumento de capital, que pode superar os 5 mil milhões de euros, para financiar a compra do Banco Popular em Espanha.

 

A notícia está a ser avançada pela Bloomberg, que citando fontes próximas do processo dá conta que o banco liderado por Ana Botín está já a falar com conselheiros financeiros para preparar esta operação.

 

O encaixe com este aumento, a confirmar-se, será também utilizado para reforçar os rácios de capital e absorver a erosão que será criada com a compra do Popular. Daí que, segundo a mesma fonte, o montante da emissão de novas acções possa superar os 5 mil milhões de euros.

 

A Bloomberg salienta que uma decisão final ainda não foi tomada e que o aumento de capital só irá em frente caso o Santander decida avançar com uma oferta vinculativa pela compra do Popular.

 

A imprensa espanhola tem dado conta que o Santander, entre os bancos apontados como possíveis compradores do Popular, é o único que mostrou um interesse real em avançar com a operação.

 

O último aumento de capital do Santander decorreu em Janeiro de 2015, quando o banco encaixou 7,5 mil milhões de euros. O banco espanhol tinha em Março um rácio de capital CET1 de 10,66%, tendo como meta colocar este indicador acima de 11% em 2018.

 

O avanço do Santander poderá ser a tábua de salvação do Popular, que tem afundado em bolsa devido aos receios dos investidores com o futuro do banco. Esta terça-feira recuou mais 6% para mínimo histórico, depois de três sessões a recuar mais de 17%.

 

A data limite inicial de apresentação de propostas é a 10 de Junho, mas até agora não se conhece nenhum interessado oficial. Este fim-de-semana foi noticiado que o banco estará a analisar os passos necessários para aumentar a liquidez. E o presidente da instituição, Emilio Saracho, escreveu uma carta aos funcionários onde reconhece a "situação difícil" mas diz que o banco "está solvente".

 

O BPI, numa nota de "research" recente, diz que se se confirmar que o Santander é o único a apresentar uma proposta serão "notícias negativas", já que "a ausência de concorrência pressiona o preço que o Santander possa estar disponível para oferecer."

 

"Um grande aumento de capital será uma alternativa, mas de difícil execução – na nossa perspectiva uma venda significativa de NPA [crédito malparado] melhoraria significativamente a capacidade do banco em atrair investidores", acrescentam os analistas do BPI.

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