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Popular volta a afundar com futuro incerto
As acções do Banco Popular já estiveram a descer mais de 18%, e renovaram o mínimo histórico. Os receios em torno do futuro da instituição estão a deixar os investidores nervosos.
As acções do Popular estão a descer 8,47% para 0,378 euros, tendo chegado a afundar 18,64% para um novo mínimo histórico. O Popular mantém assim a tendência de queda registada na semana passada, período em que desceu 38%.
Em causa estão os receios em torno do futuro do banco, que é o sexto maior de Espanha. Isto porque se esperava que, por esta altura, já fossem conhecidas proposta de interesse para comprar esta instituição que está a braços com problemas financeiros. A data limite inicial de apresentação de propostas é a 10 de Junho, mas até agora não se conhece nenhum interessado oficial, o que tem elevado a especulação em relação ao futuro do banco.
Este fim-de-semana foi noticiado que o banco estará a analisar os passos necessários para aumentar a liquidez. E o presidente da instituição, Emilio Saracho, escreveu uma carta aos funcionários onde reconhece a "situação difícil" mas diz que o banco "está solvente".
A imprensa adianta que o Popular está a analisar as possibilidades de elevar a sua liquidez e tenciona reunir-se com os reguladores esta semana, segundo fontes próximas do processo. A instituição deverá discutir com o Banco Central Europeu (BCE) as possibilidades que estão em cima da mesa. Um dos cenários é o pedido ao banco central para que disponibilize financiamento adicional.
Quanto aos eventuais interessados pela instituição financeira, a imprensa diz que o único provável é o Santander. O BPI, numa nota de "research", diz que se se confirmar que o Santander é o único a apresentar uma proposta serão "notícias negativas", já que "a ausência de concorrência pressiona o preço que o Santander possa estar disponível para oferecer."
"Um grande aumento de capital será uma alternativa, mas de difícil execução – na nossa perspectiva uma venda significativa de NPA [crédito malparado] melhoraria significativamente a capacidade do banco em atrair investidores", acrescentam os analistas do BPI.