Os rumores confirmaram-se. A Uber conquistou uma nova ronda de financiamento que valoriza a empresa em 40 mil milhões de dólares (cerca de 32 mil milhões de euros).

A start-up tecnológica de São Francisco angariou 1,2 mil milhões de dólares de investidores, cuja identidade não foi revelada. Em Novembro, a Bloomberg avançava que o T. Rowe Price Group e a Fidelity Investments estavam em conversações neste processo. Entre os seus investidores contavam-se já o Goldman Sachs e a Google Ventures.

A aplicação que permite solicitar um serviço de transporte vê assim o seu valor mais do que duplicar. Em Junho, a empresa estava avaliada em 17 mil milhões de dólares. A entrada em bolsa nos próximos anos é apresentada como um caminho possível por vários analistas.

Numa comunicação através do blogue oficial, o co-fundador Travis Kalanick informou que o montante servirá para apostar na expansão do serviço na Ásia. Aí, a Uber terá de enfrentar a concorrência da Grab Taxi, que na semana passada foi financiada em 250 milhões de dólares pelo Softbank.

A ronda de investimento chega numa altura em que a Uber tem estado debaixo da atenção pública, depois das mais recentes polémicas sobre a alegada violação de dados na empresa. "Os acontecimentos das últimas semanas mostraram-nos que também temos de investir no crescimento e mudança a nível intenro", admitiu Kalanick.

A Uber não detém as viaturas nem emprega os condutores que lhe prestam serviço. A aplicação põe em contacto os clientes com os motoristas inscritos na sua base de dados, alguns deles não profissionais. É essa vertente que tem causado a indignação dos taxistas um pouco por todo o mundo.

A empresa opera em 250 cidades. Em Lisboa, tem apenas em funcionamento o serviço UberBLACK, que consiste em viaturas de luxo conduzidas por motoristas profissionais.