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Costa garantiu que TSU não ameaça maioria de esquerda

O secretário-geral do PS assegurou ao partido que o estado das relações com Bloco, PCP e Verdes é "bom", apesar da polémica em torno da TSU.

Bruno Simão/Negócios
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O primeiro-ministro garantiu na segunda-feira à noite que o estado das relações entre o Governo e os partidos à esquerda do PS que o suportam no Parlamento é "bom". A declaração de António Costa foi revelada esta terça-feira no site do PS e foi feita na reunião da comissão nacional do PS, que aconteceu no dia anterior.

Costa pretende assim descansar os militantes socialistas perante as divergências entre os parceiros do Governo quanto à descida da TSU para os patrões.
 
"António Costa classifica como "bom" o estado das relações políticas entre o Governo e os partidos que o suportam no parlamento, apesar das divergências sobre a descida da TSU. Esta opinião foi transmitida por António Costa na reunião da Comissão Nacional do PS", revela o PS numa informação publicada no site.

Segundo a Lusa, que cita fonte socialista, esta opinião foi transmitida por António Costa na reunião da Comissão Nacional do PS, após uma pergunta formulada pelo dirigente da UGT, José Abraão.

Na sua intervenção, José Abraão considerou "estranha" a contestação "dura" que está a ser feita pelo Bloco de Esquerda, PCP e Verdes ao acordo de concertação social celebrado pelo Governo, mais concretamente à medida que concede aos empregadores uma descida da TSU em 1,25 pontos percentuais como compensação a um aumento do salário mínimo de 530 euros para 557 euros.

José Abraão quis então saber qual o real estado actual das relações entre Governo, PCP, Bloco de Esquerda e PEV, mas, segundo as mesmas fontes, citadas pela Lusa, António Costa afastou totalmente qualquer cenário de crise e definiu como globalmente bom o relacionamento com essas forças políticas.

O Governo prometeu aos patrões uma redução da TSU, em 1,25 pontos percentuais, como forma de compensar as empresas pelo aumento do salário mínimo nacional, de 530 para 557 euros, já em vigor. O decreto-lei que aprova a redução da TSU foi promulgado esta terça-feira pelo Presidente da República, mas pode não chegar ao terreno. 


É que Bloco, PCP e Verdes anunciaram que vão levar o assunto ao Parlamento para revogar a medida, e já contam com o apoio do PSD. Estes partidos têm deputados suficientes para chumbar a medida, o que põe em risco o acordo de concertação social.  

As declarações de Costa, que não falou à saída do encontro da comissão nacional do PS com os jornalistas, estão em linha com a mensagem transmitida pela secretária-geral-adjunta do partido.

"O Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV sempre disseram que estavam contra a descida da TSU. Os partidos que apoiam o Governo do PS sempre disseram quais eram as suas convergências e as suas divergências", alegou Ana Catarina Mendes, citada pela Lusa.

Por isso, acrescentou a número dois do partido, na questão da TSU, "sempre foi conhecida essa divergência".

"Não façamos disto um caso. Quem mudou de posição não foi o PS, não foi o PCP ou o Bloco de Esquerda. Quem mudou de posição foi Pedro Passos Coelho e o PSD", acusou Ana Catarina Mendes.     

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