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Zika: sobe para seis o número de casos em Portugal

A Direcção-Geral de Saúde actualizou esta quinta-feira os dados sobre a incidência do vírus em Portugal, no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde anunciou ter agendado uma reunião da comissão de emergência para a próxima semana.

Miguel Baltazar
28 de Janeiro de 2016 às 18:32
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A Direcção- Geral de Saúde (DGS) informou esta quinta-feira, 28 de Janeiro, que em Portugal, até agora, foram notificados seis casos de infecção pelo vírus Zika, que se transmite pela picada de um mosquito.

Em comunicado, a DGS sublinha que foram "todos importados da América do Sul" e que "nenhum deles ocorreu em grávidas".

"Sublinha-se que a infecção é devida a picada de mosquito do género Aedes que desde há muito não existe no Continente Português. Uma vez que, em regra, a doença não se transmite de pessoa a pessoa não haverá risco de formação de cadeias de transmissão", continua a entidade do Ministério da Saúde, liderada por Francisco George (na foto).

O vírus Zika já foi detectado em 23 países das Américas do Norte e do Sul. Brasil e Colômbia são os mais afectados.

A incidência desta doença tem sido associada ao registo acima do normal de casos de microcefalia em recém-nascidos, devido ao contágio das mães, quando ainda estão grávidas.

Só no Brasil, estima-se que entre quase 500 mil e 1,5 milhões de pessoas fiquem doentes e já se registaram mais de 4.000 casos de bebés que nasceram com deficiências cerebrais. Na Colômbia conta-se 13.800 infectados, mas acredita-se que possam chegar aos 600 mil este ano, prevendo-se pelo menos 500 casos de microcefalia.

Hoje, a Organização Mundial de Saúde admitiu que o Zika possa vir a afectar três a quatro milhões de pessoas no continente americano. E na segunda-feira reunirá a sua comissão de emergência para definir estratégias de combate à propagação do surto e recursos a dedicar à investigação.

Além de Portugal, o vírus também já foi detectado na Dinamarca ou Reino Unido. Em todos os casos, os doentes tinham estado na América Latina.

No comunicado, a DGS volta a deixar orientações a quem vá viajar para zonas de risco, elencando várias medidas de prevenção como usar vestuário que cubra o máximo do corpo, utilizar redes mosquiteiras ou usar repelente, sobretudo na altura de maior actividade do mosquito, a meio do dia e ao entardecer.

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