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Costa diz que plafonamento da Segurança Social lança contribuintes na aventura “dos lesados do BES”

O líder socialista acusou o primeiro-ministro de querer lançar a Segurança Social numa "aventura". Passos Coelho disse esperar um entendimento com o PS sobre o futuro da Segurança Social depois das eleições.

Bruno Simão/Negócios
09 de Setembro de 2015 às 22:27
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António Costa criticou a proposta da coligação de plafonamento das contribuições para a Segurança Social, garantindo tratar-se da "maior aventura" de sempre para o futuro da sustentabilidade da Segurança Social. No debate televisivo que colocou frente-a-frente o primeiro-ministro e o líder do PS, António Costa assegurou que não vai aceitar qualquer corte das pensões.

"Não aceitaremos um novo corte no sistema de pensões. Não aceitamos qualquer corte de 600 milhões de euros", garantiu o socialista.

Para António Costa, a sustentabilidade "depende da confiança". Além da confiança, "a prioridade máxima é a criação de emprego. E temos de diversificar as fontes de receita da Segurança Social".

"O que optamos por fazer é não prosseguir com a redução do IRC, para que a receita possa ser alocada à Segurança Social para reforçar o financiamento. É essencial que assim seja", sublinhou o líder do PS acrescentando que a proposta de plafonamento das contribuições é "a maior aventura para o futuro da Segurança Social".

Para António Costa, a proposta da coligação significa entregar o dinheiro dos contribuintes "à especulação" e lançá-los "na mesma aventura dos lesados do BES". "A Segurança Social de cada um de nós não pode ser objecto de brincadeiras. Temos de garantir o princípio da confiança", frisou.  

Passos Coelho respondeu ao seu opositor, afirmando que a confiança só pode ser alcançada através da correcção dos problemas da Segurança Social. "Todos os anos, o que estamos a fazer é a usar impostos para suportar défices do sistema previdencial de pensões. Nos próximos 75 anos teremos uma dívida implícita entre 80 e 180% do PIB actual. As pessoas só podem ter confiança se corrigirmos esta situação", sublinhou o primeiro-ministro.

Passos Coelho disse ainda esperar um entendimento com o PS sobre a Segurança Social. "Eu espero que seja possível a seguir às eleições. Há várias medidas que se destinam a reforçar a Segurança Social. Espero que nos possamos entender sobre isso". 

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