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António Costa: "Nestes últimos quatro anos o país recuou 13 anos"

O líder do PS acusou Passos Coelho de ter falhado na estratégia que o seu Governo seguiu. Passos Coelho afirma que o programa do PS repete a receita que conduziu o país "ao desastre" em 2009. E sustenta que a austeridade só foi aplicada por ser necessária.

Bruno Simão/Negócios
09 de Setembro de 2015 às 21:09
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António Costa iniciou o debate televisivo com Passos Coelho a acusar o primeiro-ministro de ter ido além da troika fazendo o país recuar mais de uma década. O líder do PS afirmou que ter de governar com a troika "já era difícil, mas o doutor Passos Coelho resolveu ir além da troika". Isso significou "coisas concretas para os portugueses": para "os pensionistas o corte do subsidio de Natal e de férias, um enorme aumento de IRS, um aumento das privatizações em mais do dobro".

 

Passos Coelho contrapôs: "julgo que, por toda a Europa, essa abordagem que é a abordagem Syriza está esclarecida: os países que enfrentaram processos austeritários fizeram-no porque precisavam deles". O primeiro-ministro rejeitou os epítetos de austeridade

 

António Costa foi confrontado com o facto de nunca se ter oposto à governação de José Sócrates, tendo respondido com o programa socialista. "Os portugueses julgaram a herança e fizemos a nossa própria avaliação. O programa que hoje apresentamos não é como há quatro anos, assente em grandes obras públicas, mas no que é fundamental para recuperar as condições de crescimento", afiançou. 

 

"Esta diferença é essencial, porque estamos no século XXI e temos que ter uma competitividade do século XXI", acrescentou, sublinhando que discorda da política de "baixos salários e precariedade laboral, que só nos fará andar para trás" – aliás, "nestes últimos quatro anos o país recuou 13 [anos]", declarou Costa.

 

Uma ideia que Passos Coelho rebateu: "em 2009 o Governo de José Sócrates adoptou uma posição de estímulo à procura e consumo, baixando impostos" e subindo salários à Função Pública. "Esse programa, essa abordagem presente no seu programa conduziu o país ao desastre. Essa coerência de identificação do seu ante-antecessor é hoje risco e aventura por que o país não quer passar novamente", acusou Passos Coelho.

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