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PCP opõe-se à saída de trabalhadores da CGD e quer conhecer plano de capitalização

O PCP diz que não é possível tomar uma posição sobre a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos sem conhecer o que foi acordado com a Comissão Europeia. Mas fica uma garantia: o PCP opõe-se à saída de funcionários e ao encerramento de balcões.

Cátia Barbosa/Negócios
25 de Agosto de 2016 às 16:07
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O PCP quer conhecer o plano para a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos para se poder pronunciar sobre ele, anunciou esta tarde Jorge Pires, membro da Comissão Política do partido. O mesmo vale para o Orçamento Rectificativo. "Sem conhecer integralmente esse acordo e os conteúdos do Orçamento Rectificativo, não é possível dizermos qual é a nossa posição", afirmou o dirigente comunista, numa conferência de imprensa na sede do PCP.

 

"Precisamos de conhecer todos os aspectos, conhecer o acordo de forma integral", reiterou.

 

Há para já uma certeza: a redução de funcionários e o encerramento de balcões não tem o acordo do PCP. "Temos tido a oportunidade de dizer que para nós o que é preciso é que o banco público reforce a sua actividade e não que reduza a sua actividade", assinalou Jorge Pires. "Precisamos que banco assuma as suas responsabilidades na economia, que crie condições para apoiar o desenvolvimento económico e as PME", acrescentou.

 

Por isso, "qualquer processo que assente no despedimento de trabalhadores e encerramento de balcões não vai nesse caminho" e não tem o acordo do PCP.

 

O plano de saída de 2.500 trabalhadores – número comunicado pelo Governo aos sindicatos – não tem assim luz verde dos comunistas, ainda que consista em reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo. Isto porque, segundo Jorge Pires, o PCP discorda da "forma restrita de se considerar despedimento apenas quando é um despedimento colectivo". "Estamos a falar da defesa dos postos de trabalho, se saem 2.500 pessoas destroem-se postos de trabalho", justifica.

 

"Não apoiaremos soluções que passem pela saída de trabalhadores. O banco tem os trabalhadores necessários para poder manter a actividade de acordo com a dimensão que tem", afiançou. O PCP discorda especialmente se a "redução de trabalhadores e de actividade é para os bancos privados ocuparem esse espaço".

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