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Bloco está confortável com recapitalização da CGD e com Rectificativo

A deputada do BE Mariana Mortágua considera que a aprovação da recapitalização da Caixa vai permitir que o banco continue público e seja capitalizado para “ajudar a economia do país”. O Orçamento Rectificativo será “a consequência natural” deste processo.

Bruno Simão
25 de Agosto de 2016 às 15:12
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O Bloco de Esquerda está confortável com o processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD). A deputada Mariana Mortágua defendeu que o processo, que vai permitir a capitalização até 5.160 milhões de euros no banco, permite que ele se mantenha público e que seja capitalizado para ter "o montante necessário para ajudar a economia do país". O Orçamento Rectificativo, que Mário Centeno disse ser necessário, é a "consequência natural" da recapitalização pública, afirmou a deputada, esta tarde, no Parlamento.

 

"O Bloco de Esquerda sempre defendeu três coisas quanto à CGD: primeiro, que deve manter-se pública", porque essa "é a melhor garantia do interesse nacional". Depois, que "seja capitalizada" e que "tenha o montante necessário para ajudar economia do país". Finalmente, o Bloco sempre defendeu que "haja transparência" no processo.

 

A aprovação do processo de recapitalização do banco público pela Comissão Europeia garante o "cumprimento das duas primeiras condições": a CGD mantém-se no Estado e com capital. O Rectificativo é "a consequência natural da recapitalização pública do Estado para o seu banco". "Quem defende a recapitalização e que a CGD se mantenha na esfera pública não pode estar depois contra a injecção de dinheiro público", acrescentou.

Sublinhando que o Bloco não vota a favor do Rectificativo antes de o conhecer, Mortágua reiterou: "logicamente que não podemos depois estar contra o procedimento administrativo que permite essa injecção de capital". A deputada deixou ainda um alerta: "é preciso que esse dinheiro cumpra o propósito de manter a CGD como um banco estável".

 

Quanto à transparência, a única condição que "não está totalmente cumprida", Mariana Mortágua disse que o Bloco continua a "aguardar" para saber "o que justifica este montante" de capital: são "operações passadas"? Decorre uma auditoria e uma comissão de inquérito, "e aguardamos".

 

O Bloco reiterou que se opõe a despedimentos no banco. "Não aceitamos despedimentos na CGD, já o dissemos várias vezes ao Governo, e o que disseram foi que o que aconteceria seriam reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo", assinalou Mariana Mortágua.

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