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Passos Coelho: Caminho do PS é "arriscado e perigoso para Portugal"

O primeiro-ministro diz que "há dois caminhos distintos para Portugal". Um, o do PS, puxa "pelo consumo dentro da procura interna de modo a promover o crescimento da economia". O outro, do Governo, aposta quer na "retoma do consumo interno quer também do investimento".

Miguel Baltazar
24 de Abril de 2015 às 17:06
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Pedro Passos Coelho voltou a criticar o plano macroeconómico apresentado pelo Partido Socialista. Depois de ter acusado os socialistas de eleitoralismo, o primeiro-ministro fez agora questão de distinguir as devidas diferenças entre as propostas do PS e do PSD.

 

"Algumas medidas revelam claramente uma preferência do PS para puxar pelo consumo dentro da procura interna de modo a promover o crescimento da economia. Do meu ponto de vista esse é um caminho arriscado para Portugal e perigoso", declarou o primeiro-ministro esta sexta-feira, 24 de Abril.

 

Em contraponto, as "perspectivas do Governo são de crescimento" e que "beneficiam quer de uma retoma do consumo interno quer também do investimento".

 

"Mas nós precisamos manter o nosso equilíbrio externo, não precisamos de financiar crescimento com mais dívida. E precisamos também que os rendimentos que venham a ser gerados, não sejam oferecidos às famílias por conta de rendimentos futuros, mas por conta de riqueza gerada no presente".

 

Olhando para trás, Passos Coelho argumenta que Portugal já teve "um modelo, até 2011, que se caracterizou por colocar a economia a crescer, pelo lado do consumo, por conta de rendimentos futuros".

 

E que "esse caminho", prosseguiu, revelou-se sistematicamente um caminho sinuoso que provocou por três vezes um resgate externo em Portugal, criticou.

 

Argumentou assim que "há dois caminhos distintos para Portugal". O primeiro passa por "usar a estratégia do passado, dar mais rendimento disponível aos cidadãos no dia de hoje, sem se saber como é que no futuro as coisas jogarão".

 

O segundo "caminho" é o do Governo, que é o "mais equilibrado, que não representa esses riscos para as pessoas, nós sabemos o quanto as pessoas estão cansadas de pagar caro os erros do passado, devíamos evitar reproduzi-lo".

 

"Nós precisamos de consumo, mas precisamos sobretudo de investimento, e é por essa via que temos de construir um modelo de desenvolvimento económico diferente daquele que tivemos no passado", rematou Pedro Passos Coelho.

 

Além das críticas de Passos Coelho, o programa macroeconómico apresentado pelo PS também já mereceu as críticas do vice-primeiro-ministro. "O PS dispõe-se a causar o maior buraco de sempre na Segurança Social e na CGA", com "experimentalismos de reduções agressiva sistemáticas no trabalho e no capital que põe em risco a sustentabilidade das actuais pensões", acusou Paulo Portas.

 

Em resposta às críticas do Governo, o líder socialista veio a público dizer que é preciso "algum descaramento para que um Governo, que falhou todos os objectivos a que se tinha proposto, que chegou ao fim do seu mandato com uma dívida 30 pontos percentuais acima daquela com que começou, que tem uma taxa de desemprego como aquela que tem, se permita questionar dessa forma as propostas dos outros", afirmou António Costa.

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