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Costa diz que Passos e PSD criticaram sem ter lido cenário macroeconómico do PS

O secretário-geral do PS afirmou esta quarta-feira que é preciso "descaramento" ao Governo para criticar os princípios do cenário macroeconómico apresentado pelos socialistas e considerou que o primeiro-ministro, tal como o PSD, falou sem ter lido o documento.

Bruno Simão/Negócios
22 de Abril de 2015 às 20:03
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António Costa falava aos jornalistas após ter recebido em audiências a CGTP-IN e a UGT na sede do PS, encontros em que apresentou às duas centrais sindicais o cenário macroeconómico elaborado por um conjunto de economistas, intitulado "Uma década para Portugal.

 

O líder socialista foi confrontado pelos jornalistas com as críticas ao cenário macroeconómico do PS feitas por membros do Governo, do PSD e do CDS, designadamente sobre eleitoralismo, despesismo e irrealismo, e respondeu: "É preciso algum descaramento para que um Governo, que falhou todos os objectivos a que se tinha proposto, que chegou ao fim do seu mandato com uma dívida 30 pontos percentuais acima daquela com que começou, que tem uma taxa de desemprego como aquela que tem, se permita questionar dessa forma as propostas dos outros".

 

"Estamos perante um Governo que chegou ao fim do seu mandato esgotado e sem propostas para o futuro. Todo o debate de hoje na Assembleia da República [sobre o Programa de Estabilidade] já não incidiu nos documentos apresentados pelo Governo, mas no documento apresentado pelo PS, o que é natural, visto que ao fim destes quatro anos este Governo só teve três coisas para dizer: Novo corte e definitivo nas pensões; esperar pelo final da próxima legislatura para acabar pelos cortes salariais no sector público e com a sobretaxa de IRS", declarou António Costa.

 

Com poucas palavras, o líder socialistas reagiu depois à ideia do CDS de que aplicação do cenário macroeconómico do PS poderá custar em termos de despesa mais de três mil milhões de euros. "Estamos disponíveis para mostrar os números todos, mas isso só demonstra que o CDS é mau de contas", respondeu.

 

Já sobre o facto de Pedro Passos Coelho ter classificado como eleitoralista o documento apresentado pelo PS, António Costa manifestou a sua convicção de que "com certeza o primeiro-ministro não leu" o cenário macroeconómico.

 

"Não sei se repararam que ontem [na terça-feira], ainda não tinha terminado a apresentação do cenário e já estava a direcção do PSD a ler um comunicado que já devia estar escrito há 15 dias. O primeiro-ministro que faça aquilo que lhe compete, que é chegar ao fim do seu mandato o mais rapidamente possível e que se concentre nos assuntos da governação", declarou.

 

De acordo com o secretário-geral do PS, o cenário macroeconómico do seu partido "existe e é credível". "Pelo contrário, o primeiro-ministro não é credível e não tem um programa que exista", acrescentou.

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