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António Costa garante que redução da austeridade não implica saída do euro

O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou esta quinta-feira em Grândola, num jantar comemorativo da revolução de Abril, que as propostas do PS para reduzir a austeridade têm sustentabilidade financeira e não implicam uma saída do euro.

Bruno Simão/Negócios
23 de Abril de 2015 às 23:57
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"Nós sabemos bem que o sonho é ilimitado, mas também sabemos bem que governar não é só sonhar, mas é fazer dos sonhos realidade e isso depende de saber quais são as condições que temos para exercer a governação", disse António Costa, assegurando que há uma alternativa à política do actual Governo PSD/CDS-PP.

 

António Costa vincou que "é possível fazer diferente, é possível fazer melhor do que tem feito o actual Governo".

 

"Ao contrário do que o Governo nos tem dito, não é preciso prosseguir a austeridade para nos mantermos no euro, mas também não é verdade aquilo que a esquerda radical vem dizendo, que é preciso rompermos com o euro para podermos abandonar a austeridade. Não, nós não queremos romper com euro, mas vamos romper com a austeridade, porque é possível. É possível e é necessário pôr fim à austeridade para nos podermos manter no euro", declarou o candidato a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas.

 

O líder socialista, que falava perante cerca de 700 apoiantes, salientou o facto de o PS ter resistido a fazer promessas aos portugueses antes de ser conhecido o cenário macroeconómico e a proposta "Uma década para Portugal", elaborado por um grupo de especialistas, ao mesmo tempo que retomou as críticas que tem vindo a fazer ao Governo, que acusou de ter falhado todos os compromissos que assumiu depois das eleições de 2011.

 

António Costa lembrou que, de acordo com as previsões apresentadas pelo Governo em 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 estaria hoje sete pontos acima do valor actual, a dívida estaria nos 100%, e não nos atuais 130%, o défice seria de 0,5%, e não de 2,7%, de acordo com as previsões atuais do próprio Governo para este ano, e haveria mais 300.000 postos de trabalho.

 

O líder socialista acusou também a actual maioria PSD/CDS-PP de defender um novo corte nas pensões, de 600 milhões de euros e de querer prolongar os cortes nos salários dos funcionários públicos até 2019.

 

"Isto significa que o Governo não só não aprendeu com os erros, como não tem nada de novo a dizer e a única coisa que tem a apresentar são cortes nos salários dos funcionários, cortes nas pensões e aumento da carga fiscal sobre os portugueses. Perante o fracasso dos resultados e a incapacidade do Governo em mudar, só há mesmo uma solução: se o Governo não muda por si, têm de ser os portugueses a mudar o Governo, para que a política mude em Portugal", acrescentou.

 

O líder socialista garantiu ainda que o PS não pretende fragilizar as finanças públicas, mas que também não quer fragilizar ainda mais as famílias portuguesas. "A última coisa que queremos é fragilizar as fianças públicas, mas em nome das finanças públicas não queremos continuar a fragilizar as famílias e o país", concluiu.

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