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Costa: "Ir buscar a quem está a acumular dinheiro? Essa não é a linguagem do PS"

O primeiro-ministro é peremptório: esta não é a linguagem do PS e nem a "ordem de prioridade" que o partido tem. Na entrevista ao Público, cuja segunda parte é hoje publicada, António Costa demarca-se assim da polémica Mariana Mortágua.

António Costa, primeiro-ministro, é o 4.º Mais Poderoso de 2016.
04 de Outubro de 2016 às 11:23
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"Há uma preocupação comum, certamente subjacente a essas palavras e que partilhamos. É necessário uma maior justiça fiscal", porém, "nem essa é a linguagem do PS, nem é essa a ordem de prioridade que temos". O primeiro-ministro comenta, desta forma, a afirmação de Mariana Mortágua que, a propósito da criação de um novo imposto sobre o património imobiliário, disse recentemente que "do ponto de vista prático, a primeira coisa que temos de fazer é perder a vergonha de ir buscar a quem está a acumular dinheiro". Costa, diz, não concorda.

 

Numa entrevista ao Público, cuja segunda parte é publicada esta terça-feira, 4 de Setembro, o primeiro-ministro lembra que o país tem uma carga fiscal que incide "de forma desproporcionada" sobre os rendimentos do trabalho e que, se é certo que "quem ganha mais deve pagar mais", também "os rendimentos do trabalho devem ser aliviados em detrimento de outras fontes de rendimento.

 

E é aí, diz, que surge o novo imposto sobre o património mobiliário que, no entanto, não deverá ser "um desincentivo ao mercado do arrendamento ou uma penalização dos proprietários nas suas casas de morada".

 

A medida, garantiu, "irá existir e virá para o orçamento". Já sobre as declarações de Mortágua, que acabou por ser quem mais deu a cara na defesa  do novo imposto, o primeiro-ministro sublinha que no Governo e nos partidos que o suportam no Parlamento, "não falamos por todos". Antes, "cada um fala por si e pelo seu próprio partido".

 

Esta solução governativa, sublinha, "não exige a ninguém que revogue o que é irrevogável. Cada um pode estar confortável na sua própria identidade, respeitando as diferenças".  É, afinal, "a solução que temos e a solução, certamente, que perdurará enquanto der resultados positivos".

 

Na entrevista António costa afasta ainda qualquer necessidade de uma remodelação no Governo e, a propósito do caso das viagens da Galp, dá o caso como encerrado. "Foi um episódio  que passou e que não deixará marcas no futuro".

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