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CDS-PP afirma respeito pela independência da justiça e não faz comentários sobre detenção de Sócrates
O CDS-PP afirmou hoje que respeita a separação de poderes e a independência da justiça e não faz comentários sobre investigações judiciais em curso, numa reacção à detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
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"O CDS mantém a sua doutrina de sempre: respeitamos a separação de poderes, consideramos que à justiça compete o trabalho da justiça e à política compete o trabalho da política", lê-se numa nota enviada à Agência Lusa assinada pelo vice-presidente do CDS-PP, Nuno Magalhães.
"Por isso mesmo, não fizemos, não fazemos e não faremos comentários sobre investigações em curso no sistema judicial, precisamente porque respeitamos a sua independência", acrescenta o também líder parlamentar do CDS-PP.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi detido na sexta-feira à noite, à chegada ao aeroporto de Lisboa, no âmbito de um processo de suspeitas de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.
Esta é a primeira vez na história da democracia portuguesa que um antigo primeiro-ministro é detido para interrogatório.
Às primeiras horas de sábado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou, em comunicado, a detenção de quatro pessoas, entre elas José Sócrates.
Neste processo, segundo a PGR, estão a ser investigadas operações bancárias, movimentos e transferências de dinheiro sem justificação conhecida e legalmente admissível.
O inquérito está a ser desenvolvido no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e foram feitas buscas em vários locais, envolvendo quatro magistrados do Ministério Público e 60 elementos da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Polícia de Segurança Pública (PSP).