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Caso Raríssimas: Costa defende Vieira da Silva, ministro vai segunda-feira ao Parlamento

O primeiro-ministro falou hoje pela primeira vez das implicações do caso Raríssimas no Governo para manter a confiança no ministro da Segurança Social. Vieira da Silva explica-se na segunda-feira às 15:30 no Parlamento.

Lusa
14 de Dezembro de 2017 às 15:11
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António Costa disse hoje manter toda a confiança política no ministro da Segurança Social, a propósito do envolvimento que tem sido apontado a Vieira da Silva na Raríssimas, uma associação de ajuda a pessoas com doenças raras que tem protagonizado uma polémica envolvendo eventuais abusos de dinheiros públicos por parte da sua presidente.

Com uma equipa da Segurança Social já no terreno a investigar a associação - e Belém a pressionar para conclusões rápidas -, Vieira da Silva vai na segunda-feira ao Parlamento às 15:30 dar explicações aos deputados. A hora da ida de Vieira da Silva ao Parlamento foi avançada pela TSF e confirmada pelo Negócios junto do presidente da comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social.

"[Mantenho] total confiança política no ministro Vieira da Silva, que é um ministro com muito experiência e uma grande capacidade. E que em todos os domínios e todos os momentos em que exerceu a sua capacidade governativa demonstrou sempre capacidade de ser um excelente governante", disse António Costa aos jornalistas à margem da reunião do Conselho Europeu. 

O chefe do Governo acrescentou que "não é o facto de, enquanto vice-presidente da Assembleia Geral anos atrás ter participado nesta instituição [a Raríssimas] que vê de alguma forma maculada essa sua actividade".

O ministro Vieira da Silva ficou fragilizado depois das notícias vindas a público na quarta-feira indicarem que as contas da Raríssimas que estão a ser investigadas foram aprovadas numa reunião a 25 de Novembro de 2015, onde Vieira da Silva participou enquanto membros dos órgãos sociais. 

O PSD pediu esta manhã que Vieira da Silva vá ao Parlamento. Uma deslocação marcada para segunda-feira às 15:30. 

Esta polémica - levantada por uma reportagem da TVI que punha em causa a presidente da instituição, Paula Brito da Costa, que entretanto se demitiu - já provocou estilhaços no Governo, com a saída do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que foi consultor da instituição entre 2013 e 2015, da qual recebeu 63 mil euros. 
 
O Presidente da República pressionou hoje para que as investigações em torno da Raríssimas sejam rápidas e no terreno já está uma equipa da Segurança Social, uma informação confirmada pelo primeiro-ministro.

"O Estado, dentro dos limites que a lei lhe dá para intervir numa instituição que é privada, tudo fará para assegurar que esta instituição não vê descontinuada a sua actividade e que o apoio que está a ser concedido a quem dele necessita continuará a ser concedido", disse Costa.

"Hoje já temos na instituição uma equipa da Segurança Social que, para além de estar a fiscalizar a situação, está também a assegurar e a avaliar as condições de funcionamento da instituição".

(Notícia actualizada)

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