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Yellen volta a assinalar que a economia dos EUA está pronta para um aumento dos juros
Num discurso perante o Comité Económico do Congresso norte-americano, Janet Yellen, presidente da Reserva Federal, voltou a dar a entender que a economia dos Estados Unidos está preparada para receber uma subida das taxas de juro, a primeira desde 2006.
A presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Janet Yellen, reiterou as perspectivas positivas para a economia dos EUA, dando a entender que estão reunidas as condições necessárias para um aumento das taxas de juro, que deverão evoluir gradualmente após o primeiro aumento, noticia esta quinta-feira, 3 de Dezembro, a Bloomberg.
"Acredito que o crescimento económico dos Estados Unidos durante o próximo ano e no seguinte é suficiente para resultar num impacto positivo no mercado de trabalho", disse Yellen ao Congresso. "Os ganhos actuais no mercado de trabalho, juntamente com as espectativas de que a inflação a longo prazo se mantêm razoavelmente bem ancoradas, justificam a minha confiança de um retorno da inflação em torno dos 2%".
As declarações de Yellen foram, em certa medida, muito semelhantes às que fez esta quarta-feira no Economic Club de Washington e acontecem duas semanas antes da reunião do comité de política monetária da Reserva Federal.
Nas últimas semanas tem crescido a especulação que a Reserva Federal vai anunciar o primeiro aumento dos juros desde 2006 já em Dezembro, com uma série de indicadores económicos a darem força a esta projecção.
Yellen assinalou a evolução positiva no mercado de trabalho, sendo que em Outubro o desemprego caiu para 5%, tendo sido criados 271 mil novos postos de trabalho.
Apesar de manifestar confiança sobre a evolução da inflação, Yellen disse que o comité de política monetária irá observar atentamente o desempenho deste indicador, que não atinge a meta dos 2% desde Abril de 2012.
Yellen também alertou que esperar demasiado pelo primeiro aumento das taxas de juro aumentaria a probabilidade de a Fed ser obrigada a aumentar ao juros rapidamente. Fazê-lo desta forma, por outro lado, ampliaria as hipóteses de perturbar os mercados financeiros e empurrar a economia para uma recessão.