"Veremos o que fará a Fed na próxima semana. É tão importante a acção como a justificação", afirmou Werner, numa entrevista exclusiva à agência noticiosa Efe na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.

A Fed irá decidir, na reunião de 15 e 16 de Dezembro, se aumenta finalmente as taxas de juro de referência, entre 0% e 0,25% desde finais de 2008, e os analistas apontam que tal poderá ser o início do ajuste monetário.

Alejandro reconheceu que esta decisão, considerada a mais importante da Fed dos últimos anos, têm implicações.    "Este movimento tão pequeno no instrumento de política monetária tomou uma dimensão além do real porque vem de um tempo de muitos anos [nos Estados Unidos] com taxas a zero", explicou.

Como causas, Wener apontou que num ambiente "da folga financeira houve movimentos de capitais muito importantes e com a abertura dos mercados, os efeitos (da alta taxas de juros nos Estados Unidos) cobrem todo o mundo".

No entanto, apontou, o que as autoridades monetárias debatem é se sobem as taxas "agora ou dentro de dois ou três meses". "São decisões bastante marginais dentro da visão expressa por Janet Yellen (presidente da Fed, na foto) e outros membros de que a economia está num nível de solidez que permite debater se é agora ou dentro de uns meses", acrescentou.

Para Werner, o importante é que este debate reflicta que, "apesar do choque da crise financeira", a saúde da economia norte-americana é "muito boa", especialmente no que se refere ao mercado laboral.

A directora do FMI, Christine Lagarde, recomendou que a Fed adie para início de 2016 o começo do ajuste monetário, dado o contexto de volatilidade financeira actual.