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FMI quer que Fed espere por subida mais sustentada da inflação antes de subir juros

O Fundo Monetário Internacional quer que a Reserva Federal norte-americana espere por uma subida mais forte da inflação antes de mexer na sua taxa de juro directora.

Reuters
12 de Novembro de 2015 às 18:45
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No dia em que um membro do banco central americano deu sinais de que a Reserva Federal (Fed) deverá avançar com a subida de juros em Dezembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) veio pedir calma à autoridade monetária dos EUA. A instituição diz que a Fed deveria esperar até ver sinais firmes de subida da inflação e uma maior robustez no mercado de trabalho antes de mexer na sua taxa de referência.

Num momento em que vários responsáveis americanos parecem preparar o mundo para uma subida de juros nos EUA, um relatório preparado para apresentar na reunião do Grupo dos 20 que decorre nos dias 15 e 16 na Turquia, o FMI argumenta que a fraca capacidade económica global e a baixa inflação justificam a manutenção de uma política monetária mais branda nas maiores economias do mundo.

A decisão do Comité da Fed sobre os juros "deveria permanecer dependente dos indicadores, com a primeira subida na taxa a esperar até que uma resistência continuada no mercado laboral seja acompanhada por sinais firmes de subida da inflação", adiantou o FMI numa nota citada pela Reuters.

Esta não é a primeira vez que a instituição liderada por Christine Lagarde pressiona o banco central americano para manter as taxas de juro actuais, alertando para fragilidades na recuperação económica global.

O alerta surge num momento em que é cada vez mais provável uma mudança na política de juros nos EUA já na reunião do próximo mês. E são vários os responsáveis que têm feito declarações nesse sentido.

"É muito possível que as condições que o Comité estabeleceu para começar a normalizar a política monetária possam estar em breve satisfeitas", adiantou esta quinta-feira, 12 de Novembro, William Dudley, presidente da Reserva Federal dos EUA.

Estas declarações são um importante indicador em relação à decisão da Fed na medida em que Dudley é um dos membros mais influentes do Comité e tem sido um dos opositores à subida dos juros no país.

Um inquérito divulgado pela Reuters esta semana atribui uma probabilidade de 70% de a Fed mexer na sua taxa de referência no encontro que decorre nos dias 15 e 16 de Dezembro.

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