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Fed: Subida dos juros em Dezembro “poderá tornar-se apropriada”

Após ter prolongado a expansão monetária por diversas vezes, o banco central norte-americano dá sinais de estar pronto a subir as taxas de juro. A economia está a evoluir positivamente e os riscos globais diminuíram.

Bloomberg
18 de Novembro de 2015 às 19:40
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Após cada reunião de política monetária, a Reserva Federal dos EUA publica as minutas da mesma. Um ritual que não tem trazido novidades, até agora. É que os responsáveis pela política monetária norte-americana inovaram, ao indicar pela primeira vez que a subida dos juros poderá acontecer na próxima reunião. Uma mudança no tom do discurso, numa altura em que, realçaram, os riscos globais parecem ter diminuído.

"Poderá muito bem tornar-se apropriado iniciar o processo de normalização na próxima reunião", apontam as minutas da reunião realizada a 27 e 28 de Outubro. Os membros do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla anglo-saxónica) salientam, contudo, que "nenhuma decisão foi tomada", relativamente ao próximo encontro, marcado para 15 e 16 de Dezembro.

Em causa está a possibilidade de os objectivos da Fed – pleno emprego e taxa de inflação de 2% - serem alcançados já em Dezembro, ou os dados económicos indicarem que estão muito próximos. E neste campo o organismo liderado por Janet Yellen (na foto) ficou dividido em três. Primeiro, alguns membros defendem que os critérios "já foram alcançados", ao passo que "a maioria dos participantes" estima que isso "poderá bem acontecer" em Dezembro.

"Contudo, alguns vêem como improvável que a informação disponível até à reunião de Dezembro" aponte para uma subida dos juros. Por agora, sabe-se que a taxa de desemprego está em 5,0% e a inflação, sem energia e produtos alimentares, atingiu os 1,9% em Novembro. Mas apesar destas divergências, os responsáveis do banco central concordam na dissipação do risco.

Quando muitos esperavam uma subida dos juros em Setembro, a Fed justificou a manutenção da taxa em mínimos históricos – entre 0% e 0,25% - com os riscos que pairavam sobre a economia mundial. Entre estes estavam o abrandamento da China e as possíveis repercussões nos mercados emergentes. Mas agora a história é diferente. "A maioria dos participantes olha para os riscos negativos, espoletados pelos desenvolvimentos financeiros e económicos, como tendo diminuído", conclui o documento.
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