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CTT, BCP e Jerónimo caem e penalizam PSI-20

Só cinco empresas do índice de referência nacional perderam terreno, mas as desvalorizações foram grandes o suficiente para prejudicar o PSI-20. Os CTT afundaram mais de 5,5%. A energia travou maiores perdas.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Novembro de 2015 às 16:41
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A Bolsa de Lisboa encerrou em baixa esta quinta-feira. Os Correios de Portugal e a Jerónimo Martins contribuíram para as quedas. Na última hora de negociação, o Banco Comercial Português deslizou para terreno negativo e acabou por pressionar a bolsa. As energéticas impediram um maior recuo do PSI-20.

 

O principal índice da praça nacional cedeu 0,51% para 5.351,38 pontos. Foram 11 empresas a subir que, contudo, não foram suficientes para travar a forte quedas de outras cotadas. 

 

Lisboa contrariou a tendência europeia, já que o índice Stoxx Europe 600 ganhou 0,5%. As minutas da Reserva Federal norte-americana deram conta de que a maior economia do mundo está preparada para enfrentar a subida de juros. O banco central dos Estados Unidos considera que subir a taxa de juro de referência em Dezembro poderá ser "apropriado", ainda que o aumento posterior tenha de ser gradual.

Os CTT foram a cotada que marcou a maior descida. Os Correios afundaram 5,53% para 8,551 euros, mesmo depois de ontem já terem cedido mais de 1%. A empresa liderada por Francisco Lacerda trouxe ontem novas informações para os investidores: vai pagar um dividendo de 0,47 euros. O banco CTT, cujos encargos iniciais contribuíram para a descida dos lucros apresentados no terceiro trimestre, vai abrir com 50 lojas até Março de 2016 mas quer ter 604 lojas até 2018. Uma expansão que vai ocorrer numa altura em que as instituições financeiras estão, precisamente, a reduzir a presença física.

 

Os CTT foram os que mais contribuíram para a descida do PSI-20 mas também a Jerónimo Martins teve uma queda expressiva, ao ceder 2,74% para 12,94 euros. A empresa dona do Pingo Doce recuou em bolsa no dia em que foi notícia que a Polónia, onde é líder de mercado, poderá impor uma taxa progressiva sobre os supermercados. A Sonae SGPS, que não está exposta àquele mercado, subiu 1,29% para 1,101 euros.

 

BCP cai quase 4%

 

Em forte descida esteve, também, o BCP. Apesar de ter passado o dia em alta, na última hora de negociação desceu e empurrou, consigo, o índice PSI-20. O banco liderado por Nuno Amado caiu 3,80% para 5,06 cêntimos.

 

No sector, o Banif fechou inalterado nos 0,25 cêntimos ao passo que o Banco BPI somou 1,32% para 1,074 euros.

 

O Negócios dá hoje conta que o Banco de Portugal poderá impor novos rácios de capital a bancos que considere que têm capacidade de causar problemas a todo o sistema financeiro nacional.

A descer estiveram ainda a Pharol, ao perder 3,61% para 0,374 euros, e a Mota-Engil, que desvalorizou 1,75% e fechou nos 2,137 euros. A construtora marcou uma queda de 68% dos lucros no terceiro trimestre do ano.

 

Energia trava perdas

 

A impedir uma maior descida da praça nacional esteve o sector energético, em que as principais cotadas somaram mais de 1%. A Galp Energia ganhou 1,10% para 10,065 euros. Já a EDP fechou nos 3,29 euros depois de subir 1,23%. A EDP Renováveis marcou uma valorização de 1,72% para 6,382 euros.

 

A Altri voltou a subir 0,34% para 5,24 euros, depois de ontem ter tocado no valor mais alto de sempre nos 5,33 euros.

 

(Notícia actualizada com mais informações pelas 16h55)

 

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