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"Condições económicas" travam subida dos juros pela Fed
Entre 0% e 0,25%. Assim se manteve a taxa de juro de referência da Fed, após mais uma reunião de política monetária. A inflação e o desemprego ainda deixam a desejar, justificam os responsáveis. Mas a estabilidade financeira mundial pesou na decisão.
O banco central norte-americano defende que ainda não estão reunidas as condições para a normalização monetária, mas alerta que as "condições económicas" poderão exigir juros baixos, mesmo que a inflação e o desemprego estejam nos níveis desejados.
"O comité reafirmou hoje a sua perspectiva de que a actual taxa de juro de referência entre 0% e 0,25% continua apropriada", escrevem os responsáveis do FOMC, no comunicado emitido esta quarta-feira. Uma decisão que, ainda assim, não foi unânime, já que Jeffrey Lacker, presidente da Reserva Federal de Richmond, votou pela segunda reunião consecutiva a favor de uma subida de 25 pontos base.
O banco central norte-americano justifica que "o Comité procura atingir o pleno emprego e a estabilidade dos preços". Algo que ainda não foi alcançado, reconhecem. Mas esperam que, "com a apropriada política acomodatícia, a actividade económica expanda a um ritmo moderado, com os indicadores do mercado laboral a continuar a prosseguir para níveis que o comité julgue consistentes com o seu duplo mandato".
Estes são os indicadores primordiais para a actuação da Fed, mas os responsáveis do FOMC reafirmam que continuarão atentos "às leituras em torno dos desenvolvimentos financeiros e internacionais". Até porque, conclui o banco central, "mesmo depois de o emprego e a inflação estarem próximos dos níveis consistentes com os mandatos, as condições económicas poderão, por algum tempo, exigir a manutenção da taxa de juro de referência em níveis inferiores aos que o comité considera como normais para o longo prazo".
(Notícia actualizada às 18h24, com mais informação)