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Fed empurra bolsas europeias para maior queda em seis semanas

As bolsas europeias estão a descer mais de 1,5%, penalizadas pelos resultados de empresas como a Repsol e a Rolls-Royce e pelas declarações de um responsável da Fed, que sugeriu que a Fed deve subir os juros.

Bloomberg
12 de Novembro de 2015 às 16:26
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As bolsas europeias estão a negociar em queda esta quinta-feira, 12 de Novembro, penalizadas pelos resultados abaixo do esperado de algumas empresas, como a Repsol e a Rolls-Royce, e pelos comentários do presidente da Reserva Federal de St. Louis, sugerindo que a Fed deve subir os juros.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desliza 1,54% para 372,87 pontos, depois de ter chegado a perder um máximo de 1,82%, a maior queda desde o dia 28 de Setembro, ou seja, em mais de seis semanas.

As bolsas do Velho Continente já negociavam em terreno negativo esta quinta-feira, mas os comentários de James Bullard, presidente da Reserva Federal de St. Louis, vieram agravar as perdas. O responsável da Fed disse, esta tarde, que o banco central norte-americano deveria aumentar a taxa de juro de referência, uma subida que será a primeira desde 2006.  

Durante a tarde desta quinta-feira, também Janet Yellen, presidente da Fed, Charles Evans, presidente da Fed de Chicago, William C. Dudley, líder da Fed de Nova Iorque, vão falar sobre políticas monetárias.

A liderar as perdas na Europa está o espanhol IBEX, com uma desvalorização de 2,17%, numa altura em que a Repsol afunda 6,98% depois de ter apresentado os resultados do terceiro trimestre.

Os lucros ajustados da petrolífera espanhola caíram de 415 milhões de euros no terceiro trimestre de 2014 para 159 milhões de euros (menos 61,7%) no período homólogo de 2015, ficando aquém das estimativas dos 18 analistas consultados pela Bloomberg, que perspectivavam lucros de 201,6 milhões de euros.

Já o londrino Footsie desce 1,66%, depois de, esta manhã, a britânica Rolls Royce ter revisto em baixa as estimativas de lucros para o próximo ano. A Rolls-Royce anunciou que o resultado líquido de 2016 deverá ser inferior em 650 milhões de libras (cerca de 918 milhões de euros) face à estimativa inicial, devido à quebra da procura por motores para jactos comerciais.

Os lucros antes de impostos em 2015 também deverão ficar no "limite inferior" do intervalo estimado entre 1,3 e 1,47 mil milhões de libras. A empresa planeia ainda rever a sua política de dividendos, segundo o comunicado emitido esta quinta-feira. Os títulos da Rolls-Royce caem 19,19%, depois de terem chegado a afundar um máximo de 23,31%. 

 

O alemão Dax perde 1,01%, o francês CAC40 cai 1,61% e o português PSI-20 desliza 0,97%.

 

Esta quinta-feira, Mario Draghi deu mais um sinal de que o Banco Central Europeu deverá avançar em Dezembro com mais medidas de estímulo à economia.

Num discurso efectuado no Parlamento Europeu, o presidente do BCE afirmou que "os sinais de uma recuperação sustentada na inflação ‘core’ enfraqueceu" e "os riscos negativos para o crescimento económico global e para o comércio são claramente visíveis".


Se o BCE "concluir que o nosso objectivo de estabilidade nos preços está em risco, iremos actuar utilizando todos os instrumentos disponíveis no âmbito do nosso mandato para assegurar que um nível apropriado de política monetáriaacomodatícia se mantém".

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