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Fecho dos mercados: Bolsas e petróleo recuam, juros sobem

As bolsas europeias registaram a maior queda em seis semanas, reflectindo a expectativa de uma subida dos juros pela Fed. Os juros portugueses subiram e o prémio de risco aumentou. O petróleo recua mais de 2%.

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Dovish Draghi’s Possible Impact on Markets
12 de Novembro de 2015 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 1,24% para 5.184,04 pontos

Stoxx 600 caiu 1,62% para 372,66 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,74% para 2059,60 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal avança 4,1 pontos base para 2,782%

Euro avança 0,27% para 1,0772 dólares

Petróleo cai 2,68% para 44,58 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias registam maior queda em seis semanas

As bolsas europeias recuaram mais de 1%, esta quinta-feira, a maior queda em seis semanas, pressionadas por resultados desapontantes de empresas como a Repsol e a Rolls-Royce e pelo reforço da expectativa de uma subida dos juros pela Reserva Federal dos EUA. O Stoxx 600, o índice de referência para a Europa, caiu 1,62% para 372,66 pontos, com as energéticas e mineiras a liderar as quedas. O índice chegou a perder um máximo de 1,82%, a maior queda desde o dia 28 de Setembro, ou seja, em mais de seis semanas. A bolsa italiana foi a que mais recuou, ao cair 2,35%, seguida pelo espanhol Ibex-35, que caiu 2,25%, pressionado por uma queda de 7% da Repsol.

 

A bolsa de Lisboa perdeu 1,24% para 5.184,04 pontos, pela sexta sessão consecutiva. Esta é a mais longa série de desvalorizações desde Dezembro de 2014, que leva o principal índice da bolsa nacional a acumular uma perda de 7,3%. Das 18 empresas que compõem o índice, 16 cotadas encerraram em queda, uma em alta e uma ficou inalterada. A Galp Energia e a EDP Renováveis foram as empresas que mais pressionaram o PSI-20. A empresa liderada por Manso Neto deslizou 1,85% para 6,164 euros, enquanto a petrolífera dirigida por Carlos Gomes da Silva caiu 4,37% para 9,397 euros, numa altura em que o petróleo recua mais de 2% nos mercados internacionais.

 

Juros sobem em contraciclo com Europa

Os juros da dívida portuguesa voltaram a subir esta quinta-feira, em todos os prazos, contrastando com a tendência maioritariamente de queda nos países da Zona Euro. A "yield" das obrigações nacionais a 10 anos subiu 4,1 pontos base para 2,782%. Em Espanha os juros da dívida também subiram 0,6 pontos base para 1,873%. Pelo contrário, os juros das "bunds" alemãs recuaram 0,2 pontos base para 0,608%, levando o prémio de risco a subir para 217,4 pontos.

 

Taxas Euribor renovam mínimos históricos

As taxas Euribor a três, seis, nove e 12 meses renovaram mínimos históricos. A taxa a três meses caiu de -0,079% para -0,081%, o valor mais baixo de sempre. A seis meses, a Euribor recuou de -0,006% para -0,011%. As taxas Euribor a nove e 12 meses recuaram para 0,028% e 0,084%, respectivamente, fixando novos mínimos históricos.

 

Euro afasta-se de mínimos de seis meses

O euro está a valorizar 0,27% para 1,0772 dólares, apesar de Mario Draghi ter reforçado, esta quinta-feira, a perspectiva de que irá aumentar os estímulos em Dezembro. O presidente do Banco Central Europeu mostrou-se preocupado com o baixo nível da inflação na Zona Euro e os riscos económicos crescentes, referindo no Parlamento Europeu que "os sinais de uma recuperação sustentada na inflação ‘core’ enfraqueceram" e "os riscos negativos para o crescimento económico global e para o comércio são claramente visíveis". A moeda única corrige assim da forte queda registada no início da semana, em que chegou a tocar nos 1,0675 dólares, um mínimo de seis meses, pressionada pela perspectiva de um reforço do programa de estímulos do BCE, por um lado, e de uma subida dos juros pela Reserva Federal dos EUA, por outro lado.

 

Petróleo recua com aumento das reservas

O petróleo está a recuar mais de 2% nos mercados internacionais, pressionado pelo nível de reservas da matéria-prima em máximos. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) destacou no relatório mensal, publicado esta quinta-feira, o aumento do excedente nos inventários de matéria-prima para os valores mais elevados da última década. Apesar de ter reduzido a oferta em Novembro, a produção no grupo continuo acima do tecto estabelecido, contribuindo para a manutenção do excedente no mercado.

 

O West Texas Intermediate (WTI) negociado em Nova Iorque está a cair 2,42% para 41,89 dólares por barril, pela segunda sessão consecutiva. Já transaccionou nos 41,69 dólares por barril durante a sessão, o valor mais baixo desde Agosto. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para a Europa, recua 2,68% para 44,58 dólares por barril, pela segunda sessão consecutiva.

 

Cobre cai para mínimos de seis anos

O cobre caiu para o valor mais baixo dos últimos seis anos, pressionado pela redução da procura do metal na China, o maior consumidor mundial. O metal recuou um máximo de 2,9% para 4.800 dólares por tonelada métrica, o valor mais baixo desde Julho de 2009. Entretanto abrandou a queda, transaccionando nos 4943 dólares por tonelada métrica.

 

Destaques do dia

 

Draghi reforça sinais de mais estímulos em Dezembro. O presidente do Banco Central Europeu mostrou-se preocupado com o baixo nível da inflação na Zona Euro e os riscos económicos crescentes, reforçando a expectativa de que os estímulos vão ser reforçados em Dezembro.

 

RBS recomenda aos investidores aposta na dívida espanhola em detrimento da portuguesa. Uma das transacções sugeridas pelo banco de investimento passa por vender os CDS das obrigações a cinco anos do CaixaBank e comprar protecção contra a dívida da Caixa Geral de Depósitos

 

Risco da dívida face a Espanha e Itália quase duplica desde as eleições. As taxas da dívida estão a recuar. O diferencial face à Alemanha também, mas contra Espanha e Itália mantém-se bem mais elevado do que antes de os portugueses irem às urnas. É um reflexo da tensão em torno do panorama político nacional.

 

OPEP reduz produção de petróleo em Outubro. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a Arábia Saudita reduziram a produção de petróleo, em Outubro, revela o relatório mensal do grupo. As reservas de petróleo estão em máximos de uma década.

 

O que vai acontecer amanhã

 

Revisão de "ratings". A DBRS tem agendada uma revisão à notação financeira para a dívida portuguesa. A agência de "rating" canadiana classifica Portugal, actualmente, em "BBB (baixo)", o último nível do patamar de "investimento". No mesmo dia, a S&P pode pronunciar-se para Itália, ao passo que a Fitch pode publicar um relatório para a Grécia.

Resultados trimestrais da REN. A REN publica os resultados dos primeiros nove meses do ano, após o fecho dos mercados.

Dados económicos da Zona Euro. No mesmo dia em que divulga os dados da balança comercial da Zona Euro, relativos a Setembro, o Eurostat publica os dados do produto interno bruto (PIB) da região. Números que se referem ao terceiro trimestre, sendo que, segundo as estimativas recolhidas pela Bloomberg, a economia da união monetária terá acelerado o crescimento de 1,5% para 1,7%, em termos homólogos. Isto acontece no dia em que o INE divulga os números do PIB português e, ao mesmo tempo, o instituto alemão de estatística publica para a respectiva economia.

Dados económicos dos EUA. Os EUA publicam o índice de preços na produção e a evolução das vendas a retalho, em Outubro. A Universidade do Michigan revela ainda o índice de confiança, relativo a Novembro.

Relatório da AIE sobre mercado petrolífero. Após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicar o seu relatório mensal, esta sexta-feira será a vez da Agência Internacional de Energia divulgar o relatório de Novembro, que revela a evolução da oferta e da procura de petróleo no último mês.

 

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