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BCE: Estrutura das compras de activos poderá mudar, se for necessário

Os receios dos especialistas em relação à possível escassez de títulos de dívida eram exagerados, dizem os membros do Conselho de Governadores do BCE. O programa de compras é flexível o suficiente, mas os benefícios não serão aproveitados, se os Governos não avançarem com as reformas.

Reuters
21 de Maio de 2015 às 15:23
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Os membros do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) desvalorizam os receios de que poderá haver falta de títulos no mercado, para os programas de compras de activos. É que a estrutura delineada é flexível o suficiente para que, se necessário, possa ser alterada, apontam os responsáveis nos relatos da reunião de 15 de Abril. Contudo, relembram, para beneficiar totalmente do programa, os Governos devem acelerar as reformas estruturais.

 

"Houve uma anuência generalizada [entre os membros do Conselho de Governadores] de que a expansão das compras de activos progrediu facilmente, desde o início das compras de activos do sector público", revelam os relatos da mais recente reunião de política monetária, divulgados esta quinta-feira, 21 de Maio. "A liquidez foi globalmente ampla entre os vários mercados e jurisdições", destacam, "com os volumes de compras a ficarem em linha com o objectivo mensal anunciado de 60 mil milhões de euros".

 

Por isso, dizem os responsáveis, "os receios [dos participantes] do mercado, acerca da escassez [de activos] em alguns segmentos, pareceram exagerados". "Foi salientado [na reunião] que o desenho do programa dava flexibilidade suficiente para que seja adaptado, caso as circunstâncias mudem e essa necessidade apareça", avança o documento. Ainda assim, os aspectos da implementação do programa e as suas várias partes serão monitorizados de perto, de forma a assegurar que as compras de activos continuam a funcionar facilmente e uma implementação consistente em todo o Eurossistema".

 

Além disso, "a implementação da expansão das compras de activos do BCE já teve um impacto significativo nos mercados financeiros da Zona Euro", apontou Benoît Coeuré, membro do Conselho Executivo, no discurso introdutório da reunião. Esta decisão, acrescentou, contribuiu "para mais quedas nas taxas de juro das obrigações soberanas, ao passo que os elevados níveis de excesso de liquidez colocaram pressão na cotação do euro".

 

Contudo, a recuperação económica não pode depender só da instituição monetária da Zona Euro. Os membros do Conselho de Governadores concordaram que "era necessário enviar um forte sinal aos Governos da Zona Euro, instando-os a acelerar as reformas estruturais e a assumir medidas que melhorem o ambiente empresarial". É que, concluíram, "apenas com essa acção complementar, poderão ser aproveitados totalmente os benefícios das medidas de política monetária".

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