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Trump ordenou morte de general iraniano. Teerão promete "vingança terrível" e petróleo dispara

O Pentágono confirmou que foi o Presidente dos Estados Unidos que ordenou a operação que vitimou o comandante da força de elite iraniana Al-Quds. Oirão já prometeu uma vingança "terrível" e "implacável".

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03 de Janeiro de 2020 às 07:52
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O comandante da força de elite iraniana Al-Quds, o general Qassem Soleimani, morreu hoje num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdad, anunciaram as autoridades de segurança do Iraque.

 

No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], indicaram as autoridades.

 

Segundo fontes oficiais da segurança iraquiana, pelo menos oito pessoas foram mortas no ataque, três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana.

 

Pouco depois da notícia da morte do general Qassem Soleimani, o Pentágono confirmou que foi o Presidente dos Estados Unidos que ordenou a operação que vitimou o comandante da força de elite iraniana Al-Quds.

 

"Por ordem do Presidente, as forças armadas dos Estados Unidos tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal norte-americano no estrangeiro, matando Qassem Soleimani", disse o Departamento de Defesa norte-americano, em comunicado divulgado na quinta-feira à noite (hora local).

 

No comunicado, o Pentágono disse que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região".

 

O Departamento de Defesa também acusou Soleimani de aprovar o assalto inédito à embaixada dos Estados Unidos em Bagdad no início desta semana.

 

O ataque ao general iraniano "tinha como objetivo dissuadir futuros planos de ataque iranianos", acrescentou.

 

Numa aparente reação, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma imagem da bandeira norte-americana na rede social Twitter, sem qualquer comentário.

 

O mercado petrolífero está a reagir a este reacender do conflito entre os Estados Unidos e o Irão, com a cotação da matéria-prima em Nova Iorque a negociar já em máximos de sete meses.

 

O crude WTI valoriza 2,88% para 62,94 dólares, o que representa o nível mais elevado desde maio. O Brent, que é transacionado em Londres, avança 3% para 68,24 dólares, o valor mais elevado desde setembro.

 

Irão adverte para "escalada extremamente perigosa" e promete "vingança terrível"

 

O chefe da diplomacia do Irão advertiu que a morte do general iraniano Qassem Soleimani constitui uma "escalada extremamente perigosa".

 

"O ato de terrorismo internacional dos Estados Unidos (...) é extremamente perigoso e uma escalada imprudente" das tensões, afirmou Mohammad Javad Zarif, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

 

O antigo líder da Guarda Revolucionária iraniana Mohsen Rezai também já reagiu à morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, numa mensagem em que deixa um aviso claro a Washington: "Soleimani juntou-se aos nossos irmãos mártires, mas a nossa vingança contra a América será terrível".

 

Também o líder supremo do Irão prometeu vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani e declarou três dias de luto nacional.

 

"O martírio é a recompensa pelo trabalho incansável durante todos estes anos. Se Deus quiser, o seu trabalho e o seu caminho não vão acabar aqui. Uma vingança implacável aguarda os criminosos que encheram as mãos com o seu sangue e o sangue de outros mártires", afirmou Ali Khamenei, indicou a agência de notícias France-Presse (AFP).

 

O líder supremo declarou três dias de luto pela morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, que descreveu como "símbolo internacional de resistência", de acordo com uma declaração lida na televisão estatal.

 

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