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Trump ordenou morte de general iraniano. Teerão promete "vingança terrível" e petróleo dispara
O Pentágono confirmou que foi o Presidente dos Estados Unidos que ordenou a operação que vitimou o comandante da força de elite iraniana Al-Quds. Oirão já prometeu uma vingança "terrível" e "implacável".
O comandante da força de elite iraniana Al-Quds, o general Qassem Soleimani, morreu hoje num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdad, anunciaram as autoridades de segurança do Iraque.
No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], indicaram as autoridades.
Segundo fontes oficiais da segurança iraquiana, pelo menos oito pessoas foram mortas no ataque, três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana.
Pouco depois da notícia da morte do general Qassem Soleimani, o Pentágono confirmou que foi o Presidente dos Estados Unidos que ordenou a operação que vitimou o comandante da força de elite iraniana Al-Quds.
"Por ordem do Presidente, as forças armadas dos Estados Unidos tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal norte-americano no estrangeiro, matando Qassem Soleimani", disse o Departamento de Defesa norte-americano, em comunicado divulgado na quinta-feira à noite (hora local).
No comunicado, o Pentágono disse que Soleimani estava "ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região".
O Departamento de Defesa também acusou Soleimani de aprovar o assalto inédito à embaixada dos Estados Unidos em Bagdad no início desta semana.
O ataque ao general iraniano "tinha como objetivo dissuadir futuros planos de ataque iranianos", acrescentou.
Numa aparente reação, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma imagem da bandeira norte-americana na rede social Twitter, sem qualquer comentário.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 3, 2020
O mercado petrolífero está a reagir a este reacender do conflito entre os Estados Unidos e o Irão, com a cotação da matéria-prima em Nova Iorque a negociar já em máximos de sete meses.
O crude WTI valoriza 2,88% para 62,94 dólares, o que representa o nível mais elevado desde maio. O Brent, que é transacionado em Londres, avança 3% para 68,24 dólares, o valor mais elevado desde setembro.
Irão adverte para "escalada extremamente perigosa" e promete "vingança terrível"
O chefe da diplomacia do Irão advertiu que a morte do general iraniano Qassem Soleimani constitui uma "escalada extremamente perigosa".
"O ato de terrorismo internacional dos Estados Unidos (...) é extremamente perigoso e uma escalada imprudente" das tensões, afirmou Mohammad Javad Zarif, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
The US' act of international terrorism, targeting & assassinating General Soleimani—THE most effective force fighting Daesh (ISIS), Al Nusrah, Al Qaeda et al—is extremely dangerous & a foolish escalation.
The US bears responsibility for all consequences of its rogue adventurism. — Javad Zarif (@JZarif) January 3, 2020
O antigo líder da Guarda Revolucionária iraniana Mohsen Rezai também já reagiu à morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, numa mensagem em que deixa um aviso claro a Washington: "Soleimani juntou-se aos nossos irmãos mártires, mas a nossa vingança contra a América será terrível".
Também o líder supremo do Irão prometeu vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani e declarou três dias de luto nacional.
"O martírio é a recompensa pelo trabalho incansável durante todos estes anos. Se Deus quiser, o seu trabalho e o seu caminho não vão acabar aqui. Uma vingança implacável aguarda os criminosos que encheram as mãos com o seu sangue e o sangue de outros mártires", afirmou Ali Khamenei, indicou a agência de notícias France-Presse (AFP).
O líder supremo declarou três dias de luto pela morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, que descreveu como "símbolo internacional de resistência", de acordo com uma declaração lida na televisão estatal.