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Investidores fogem das ações com tensões no Irão
As bolsas norte-americanas abriram em baixa, com a escalada de tensões entre os EUA e o Irão a fazer com que os investidores procurem valores-refúgio, como o ouro, divisas e obrigações, em detrimento das ações.
O Dow Jones segue a ceder 0,61% para 28.693,20 pontos, depois na sessão de ontem ter estabelecido um novo máximo histórico nos 28.796,40 pontos.
O Standard & Poor’s 500, por seu lado, recua 0,74% para 3.233,71 pontos, após marcar na negociação de quinta-feira o seu valor mais alto de sempre: 3.251,13 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite segue a perder 0,84% para 9.015,53 pontos. Isto depois de ontem ter chegado a um nível nunca antes visto, ao tocar nos 9.071,40 pontos.
O S&P 500 e o Nasdaq, recorde-se, registaram em 2019 os melhores desempenhos desde 2013.
Os mercados acionistas do outro lado do Atlântico estrearam-se em alta no ano de 2020, a capitalizarem os fortes ganhos de muitas classes de ativos numa altura em que os investidores aplaudem a mais recente decisão do banco central da China de apoio à sua economia.
Mas hoje o cenário mudou, à conta da escalada de tensões entre os Estados Unidos e o Irão, o que faz com que os investidores sejam menos propensos a ativos de risco, como as ações, e prefiram os chamados valores-refúgio – como o ouro, as obrigações, dólar americano, franco suíço e iene.
Uma ofensiva aérea norte-americana ontem ao final do dia, em Bagdad, resultou na morte de um alto comandante iraniano e Teerão já ameaçou com "retaliações de peso". Será uma "vingança terrível", advertiu aquele país do Médio Oriente.
Quem está a subir com estas tensões é o petróleo, devido ao receio de perturbações na oferta desta matéria-prima, nomeadamente no que diz respeito ao escoamento pelo Estreito de Ormuz. Assim, as cotadas da energia seguem em alta, mas sem força suficiente para mudar a tendência geral em Wall Street.