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Teerão alerta Trump sobre ameaças ao Irão

O Presidente norte-americano, Donald Trump, alertou Teerão no sábado que os Estados Unidos identificaram 52 locais no Irão e os atacariam "muito rapidamente e com muita força" se a República Islâmica atingir pessoal ou alvos norte-americanos.

Reuters
05 de Janeiro de 2020 às 10:21
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O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano alertou o Presidente dos Estados Unidos sobre as novas ameaças que fez ao Irão e o exército iraniano também realçou que Donald Trump não se atreverá a atacar o seu país.

"Tendo violado gravemente o direito" internacional com os "assassínios covardes" do general iraniano Qassem Soleimani e de um chefe da milícia pró-Irão no Iraque, Trump "ainda ameaça cometer novas violações (…) das normas imperativas do direito internacional", para cruzar novas "linhas vermelhas", escreveu o ministro Mohammad Javad Zarif na sua conta na rede social Twitter.

Zarif declarou ainda que "atacar locais culturais é um crime de guerra".


Por seu lado, o exército iraniano respondeu ao último desafio de Donald Trump, expressando dúvidas de que os Estados Unidos tenham a "coragem" de atacar o Irão.


"Dizem este tipo de coisas para desviar a atenção da opinião mundial sobre o seu ato hediondo e injustificável", disse o major-general Abdolrahim Moussavi, comandante-chefe do exército iraniano, citado pela agência oficial Irna, referindo-se ao assassínio do general Soleimani. Mas "duvido que tenham coragem", acrescentou o militar iraniano.


O Presidente norte-americano, Donald Trump, alertou Teerão no sábado que os Estados Unidos identificaram 52 locais no Irão e os atacariam "muito rapidamente e com muita força" se a República Islâmica atingir pessoal ou alvos norte-americanos.


Alguns desses locais iranianos "são de alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana", disse Trump numa mensagem no Twitter. "Os Estados Unidos não querem mais ameaças!", alertou.


O Presidente norte-americano disse ainda que o número de 52 lugares corresponde ao número de americanos que foram feitos reféns durante mais de um ano, no final de 1979, na embaixada dos Estados Unidos em Teerão.


Soleimani, comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, Al-Quds - encarregado das operações fora do Irão e arquiteto da estratégia iraniana no Médio Oriente - foi morto sexta-feira por um ataque aéreo norte-americano no aeroporto internacional de Bagdad, juntamente com outras lideranças iraquianas pró-Irão.


A morte de Soleimani, a quem o Irão prometeu vingar, chocou a República Islâmica e levantou temores de outra guerra no Médio Oriente.


"Se atacarem novamente, o que eu recomendo fortemente que não o façam, nós os atingiremos com mais força do que nunca!" novamente ameaçou Trump no Twitter.

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