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A semana em oito gráficos: Tensões EUA-Irão quebram bolsas e dão ganhos ao dólar e ouro

As bolsas de ambos os lados do Atlântico cederam terreno no acumulado da semana, pressionadas pela menor liquidez habitual no arranque de ano e pelo agudizar de tensões no Médio Oriente.

Europa no vermelho

Europa no vermelho
As bolsas do Velho Continente tiveram um saldo semanal negativo, pressionadas pelo período de liquidez reduzida, com a tendência negativa a agravar-se na sexta-feira com a escalada de tensões entre os EUA e o Irão, o que fez com que os investidores preferissem ativos considerados mais seguros, como as obrigações.

PSI-20 cede 0,52%

PSI-20 cede 0,52%
O índice de referência nacional acompanhou o desempenho negativo das principais praças da Europa Ocidental, com uma descida de 0,52%, pressionado pela Sonae, EDP Renováveis e Jerónimo Martins.

Sonae com maior descida em Lisboa

Sonae com maior descida em Lisboa
No PSI-20, a Sonae foi o título que mais terreno cedeu ganhou na semana, com uma desvalorização acumulada de 2,40%, seguindo-se a EDP Renováveis com um recuo de 2,29%. Do lado contrário, destaque para a Pharol com um ganho de 1,80%.

Casino Guichard Perrachon com o pior desempenho do Stoxx600

Casino Guichard Perrachon com o pior desempenho do Stoxx600
A Casino Guichard Perrachon, ou Grupo Casino, foi a cotada do índice de referência europeu Stoxx600 que mais desvalorizou no agregado da semana, ao registar uma depreciação de 7,41%. A retalhista francesa do ramo alimentar foi uma das cinco cotadas que mais receitas geraram a nível mundial em 2019.

HollyFrontier lidera perdas no S&P 500

HollyFrontier lidera perdas no S&P 500
A liderar a tabela de piores “performers” do índice Standard & Poor’s 500 nesta semana esteve a HollyFrontier, com uma descida de 4,61%. A empresa norte-americana da área da refinação de petróleo foi bastante pressionada na sessão de sexta-feira, com uma queda superior a 6%, depois de algumas casas de investimento de Wall Street terem estimado receitas para o atual trimestre inferiores às de 2019.

Dólar sobe face às principais congéneres

Dólar sobe face às principais congéneres
A nota verde ganhou terreno no acumulado da semana face às principais moedas, como o euro e o iene. O dólar, considerado um ativo-refúgio, foi especialmente sustentado na sexta-feira o dólar, ao atrai os investidores nesta altura em que o risco criado pela tensão entre os Estados Unidos e o Irão avivou o apetite por ativos tradicionalmente mais seguros.

Tensões EUA-Irão animam ouro

Tensões EUA-Irão animam ouro
O ouro ganhou terreno esta semana e tocou em máximos de 2 de outubro na sessão de sexta-feira, devido aos receios em torno do agudizar de tensões entre os EUA e o Irão e depois dos comentários do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, que disse que não era obrigado a abandonar os testes com mísseis, tendo revelado que estaria a preparar uma "nova arma estratégica". Com isto, os investidores optaram por procurar ativos mais seguros, como é o caso do ouro, que é um tradicional valor-refúgio.

Juros aliviam na Europa e nos EUA

Juros aliviam na Europa e nos EUA
Os juros das dívidas soberanas na Europa e nos EUA com maturidade a 10 anos desceram, na sua grande maioria, no saldo da semana. Com a escalada de tensões no Médio Oriente, os investidores acorreram aos ativos mais seguros, como as obrigações, o que leva a uma descida das “yields”.
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Os principais mercados acionistas da Europa Ocidental e dos Estados Unidos registaram um saldo semanal negativo, com a semana mais curta – apenas quatro sessões – a revelar a habitual menor liquidez que se observa quando um novo ano começa.

 

Na sexta-feira, o escalar de tensões entre Washington e Teerão, depois de os EUA terem abatido um alto comandante iraniano, contribuiu para afastar os investidores ainda mais das ações, que são consideradas um ativo de risco.

 

Já na quinta-feira a negociação tinha sofrido com as declarações do secretário norte-americano da Defesa, Mark Esper, que disse que os EUA estavam preparados para enviar mais tropas para o Iraque. 

 

Além disso, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse não ser obrigado a abandonar os testes com mísseis, tendo revelado que estaria a preparar uma "nova arma estratégica".

 

Com estas tensões em crescendo, os investidores preferiram refugiar-se em ativos mais seguros, os chamados valores-refúgio, como o ouro, as obrigações e algumas moedas – caso do iene, franco suíço e dólar.

 

O petróleo, apesar da forte subida na sexta-feira – decorrente dos receios de perturbação das exportações pelo Estreito de Ormuz –, não conseguiu um saldo semanal positivo em Londres mas ajudou a travar as perdas, com o Brent a recuar 0,06%.

 

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