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Temer garante que não renuncia à presidência do Brasil

Ao contrário do que estava a ser avançado nas últimas horas pela imprensa brasileira, o presidente do Brasil dirigiu-se ao país para peremptoriamente garantir que não vai renunciar ao Planalto.

Reuters
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Michel Temer não se demite e garante que provará junto do Supremo Tribunal Federal (STF) não ter solicitado qualquer suborno. A declaração do presidente brasileiro feita esta tarde ao país foi contrariou as notícias que vinham sendo dadas esta quinta-feira, 18 de Maio, pela imprensa brasileira, designadamente pelo jornal O Globo que garantia que Temer já havia decidido renunciar ao Planalto numa altura em que se avoluma a pressão para que deixe a presidência. 

"Não renunciarei", foi a conclusão essencial de uma curta comunicação em que Michel Temer que afiançou que provará ao STF, que esta tarde abriu formalmente uma investigação por corrupção ao presidente brasileiro, não ter qualquer envolvimento com subornos para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados e companheiro de partido no PMDB, Eduardo da Cunha, actualmente preso por crimes de corrupção. 

"Não solicitei que isso acontecesse e só tive conhecimento desse facto nessa conversa com o empresário" Joesley Batista (um dos donos do grupo JBS, hoje o maior grupo privado brasileiro) afirmou Temer que assegura não ter comprado o silêncio de Eduardo da Cunha nem de "ninguém por uma singelíssima": porque "não temos nenhuma delação".

"Não preciso de cargos púbicos nem de foro privilegiado. Não tenho nada a temer", atirou.

A garantia dada por Temer contraria a sucessão de pedidos para que renuncie à presidência brasileira, principalmente depois de esta quinta-feira o STF ter autorizado a abertura de um inquérito para investigar o presidente brasileiro, que, independentemente da não renúncia, poderá ter ficado com os dias mais contados à frente dos destinos do Brasil.

 

O pedido de investigação ao Supremo foi apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), após Joesley Batista ter afirmado à PGR que, em Março deste ano, o Presidente o incitara a continuar a pagar subornos a Eduardo Cunha para evitar que este entrasse num acordo de delação premiada com a justiça.

"Tem que manter isso, viu?", ter-lhe-á dito o presidente, segundo a transcrição parcial das gravações feitas por Batista e que foram publicadas nesta quinta-feira pel'O Globo. "Nunca comprei o silêncio de ninguém", assegurou o Presidente, que disse ter tido conhecimento de que o empresário ajudava a sustentar a família de Cunha nessa ocasião. 

Temer associou a notícia do Globo à melhoria dos indicadores e avanços nas reformas  económicas.  "Todo o imenso esforço para retirar o país da maior recessão da história não pode ser deitado fora", disse.

(Notícia actualizada às 20:48)

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