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Vêm aí mais sanções à Coreia do Norte?

Mais sanções à Coreia do Norte podem estar a caminho. Donald Trump já admitiu avançar, no seu país, com embargos comerciais a quem fizer negócios com Pyongyang. O Conselho de Segurança da ONU reúne-se esta segunda-feira.

Miguel Baltazar / Negócios
03 de Setembro de 2017 às 19:51
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se esta segunda-feira às 10 horas (15 horas em Lisboa), a pedido dos Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e Coreia do Sul, por causa dos testes nucleares da Coreia do Norte, que diz ter detonado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio mais avançada.

Os ensaios nucleares mereceram a condenação generalizada dos principais países. Até da China, que condenou "vigorosamente" o ensaio nuclear realizado, tendo desafiado o regime dePyongyang a "parar de agravar a situação" com "gestos que não servem os seus interesses".

Para a China, a Coreia do Norte "ignorou a oposição generalizada da comunidade internacional e efectuou um novo teste nuclear. O Governo chinês expressa a sua oposição e condena vigorosamente" esta acção.

Foi aliás sobre a China que um dos tweets do presidente norte-americano Donald Trump incidiu. Dizendo que a Coreia do Norte é uma nação desonesta, acrescentou estar a tornar-se "numa grande ameaça e embaraço para a China, que tem tento ajudar, mas com pouco sucesso".

O Governo dos Estados Unidos está a avaliar a criação de novas sanções contra a Coreia do Norte, afirmou já o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. "Podemos fazer muito para isolá-los [à Coreia do Norte] economicamente, muito mais do que já fizemos", frisou Steven Mnuchin, numa entrevista à cadeia televisiva americana Fox, citado pela Lusa. 

Também no Twitter, Trump já foi mais longe dizendo que os Estados Unidos estavam a considerar um embargo comercial a qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte.



É pelo lado das sanções que vários países falam para "condenar" a Coreia do Norte. Essa é, por exemplo, a posição de Londres. E também da Coreia do Sul que apelou a uma 
"punição mais forte" da Coreia do Norte. O presidente sul coreano, Moon Jae-in, defendeu a aplicação de sanções mais graves por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para aumentar "o isolamento do regime liderado por Kim Jong-un".

Esse é também o sentido do comunicado conjunto do presidente francês Emannuel Macron e da chanceler alemã Angela Merkel, depois de terem tido uma conversa telefónica. Os dois líderes europeus defenderam o "endurecimento" das sanções da União Europeia à Coreia do Norte. Em comunicado, dizem ter concordado que "a última provocação lançada pelo dirigente de Pyongyang atingiu uma nova dimensão".

Foi pela chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, que a União se pronunciou dizendo que o ensaio nuclear é uma violação "directa e inaceitável" das obrigações internacionais de Pyongyang, e reiterou que a Coreia do Norte deve pôr fim a todas as actividades relacionadas com armas de destruição maciça. Esta segunda-feira vai reunir-se com Yukiya Amano, o líder da Agência Internacional de Energia Atómica, para debater o tema.


Já a Rússia, dizendo estar disponível para tomar parte das negociações que resolvam o problema, acrescentou não ver qualquer impacto positivo das sanções contra Pyongyang. O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs novas sanções à Coreia do Norte em Julho, depois de dois testes balísticos com misseis intercontinentais. Segundo a Reuters, essas sanções levariam à redução das exportações norte-coreanas, que totalizam 3 mil milhões de dólares, em um terço. Mas a Rússia questiona o impacto real dessas sanções, pela voz do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

A Coreia do Norte reclama ter conduzido o sexto e mais poderoso teste nuclear este domingo, dizendo tratar-se de uma detonação com sucesso de uma avançada bomba de hidrogénio.

O anúncio do "total sucesso" do teste de uma bomba de hidrogénio, conhecida como bomba H, foi feito pela pivô da televisão estatal norte-coreana, diz a Lusa, citando a televisão coreana. Segundo a KCTV, o ensaio nuclear, o sexto conduzido pelo regime de Pyongyang, foi ordenado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

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