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Vêm aí mais sanções à Coreia do Norte?
Mais sanções à Coreia do Norte podem estar a caminho. Donald Trump já admitiu avançar, no seu país, com embargos comerciais a quem fizer negócios com Pyongyang. O Conselho de Segurança da ONU reúne-se esta segunda-feira.
Para a China, a Coreia do Norte "ignorou a oposição generalizada da comunidade internacional e efectuou um novo teste nuclear. O Governo chinês expressa a sua oposição e condena vigorosamente" esta acção.
Foi aliás sobre a China que um dos tweets do presidente norte-americano Donald Trump incidiu. Dizendo que a Coreia do Norte é uma nação desonesta, acrescentou estar a tornar-se "numa grande ameaça e embaraço para a China, que tem tento ajudar, mas com pouco sucesso".
O Governo dos Estados Unidos está a avaliar a criação de novas sanções contra a Coreia do Norte, afirmou já o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. "Podemos fazer muito para isolá-los [à Coreia do Norte] economicamente, muito mais do que já fizemos", frisou Steven Mnuchin, numa entrevista à cadeia televisiva americana Fox, citado pela Lusa.
Também no Twitter, Trump já foi mais longe dizendo que os Estados Unidos estavam a considerar um embargo comercial a qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte.
The United States is considering, in addition to other options, stopping all trade with any country doing business with North Korea.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) September 3, 2017
É pelo lado das sanções que vários países falam para "condenar" a Coreia do Norte. Essa é, por exemplo, a posição de Londres. E também da Coreia do Sul que apelou a uma "punição mais forte" da Coreia do Norte. O presidente sul coreano, Moon Jae-in, defendeu a aplicação de sanções mais graves por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para aumentar "o isolamento do regime liderado por Kim Jong-un".
Foi pela chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, que a União se pronunciou dizendo que o ensaio nuclear é uma violação "directa e inaceitável" das obrigações internacionais de Pyongyang, e reiterou que a Coreia do Norte deve pôr fim a todas as actividades relacionadas com armas de destruição maciça. Esta segunda-feira vai reunir-se com Yukiya Amano, o líder da Agência Internacional de Energia Atómica, para debater o tema.
Já a Rússia, dizendo estar disponível para tomar parte das negociações que resolvam o problema, acrescentou não ver qualquer impacto positivo das sanções contra Pyongyang. O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs novas sanções à Coreia do Norte em Julho, depois de dois testes balísticos com misseis intercontinentais. Segundo a Reuters, essas sanções levariam à redução das exportações norte-coreanas, que totalizam 3 mil milhões de dólares, em um terço. Mas a Rússia questiona o impacto real dessas sanções, pela voz do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
A Coreia do Norte reclama ter conduzido o sexto e mais poderoso teste nuclear este domingo, dizendo tratar-se de uma detonação com sucesso de uma avançada bomba de hidrogénio.
O anúncio do "total sucesso" do teste de uma bomba de hidrogénio, conhecida como bomba H, foi feito pela pivô da televisão estatal norte-coreana, diz a Lusa, citando a televisão coreana. Segundo a KCTV, o ensaio nuclear, o sexto conduzido pelo regime de Pyongyang, foi ordenado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.