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China e UE avisam que guerra comercial pode provocar recessão global

Pequim e Bruxelas advertem que a concretizar-se uma escalada na tensão comercial entre os Estados Unidos e os principais blocos mundiais a economia global corre o risco de entrar em recessão.

Reuters
25 de Junho de 2018 às 08:22
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Passar de crescimento robusto para recessão, é o risco que corre a economia global devido à possibilidade de se confirmar uma guerra comercial de largo espectro entre os Estados Unidos e os principais blocos comerciais como a China e a União Europeia.

O aviso foi feito esta segunda-feira, 25 de Junho, pelas autoridades da China e da UE na sequência de um encontro entre o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, o principal conselheiro do presidente Xi Jinping para a área comercial, e o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen. Os dois blocos acordaram defender o sistema de comércio multilateral enquadrado pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

As conversações decorreram numa altura em que "o unilateralismo está a crescer e as tensões comerciais surgiram nas principais economias", constatou Liu He.

Este encontro acontece depois de na última sexta-feira terem entrado em vigor novas tarifas aduaneiras no valor de 3,3 mil milhões de dólares aplicadas pela UE sobre produtos importados dos EUA. Uma medida retaliatória das novas taxas alfandegárias impostas por Washington à importações de aço e alumínio provenientes de países da UE.

O presidente americano Donald Trump ameaçou entretanto aplicar tarifas reforçadas sobre a importação de automóveis produzidos na Europa. Por outro lado, a partir de 6 de Julho vão entrar em vigor nova tarifas aduaneiras aplicadas pelos EUA à importação de bens oriundos da China num montante de 34 mil milhões de dólares.

Trump ameaçou já adoptar novas tarifas sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses. Medidas com que Trump promete proteger a economia americana bem como o emprego dos americanos e reduzir substancialmente o défice da balança comercial da maior economia mundial.

Esta segunda-feira foi também noticiado que as autoridades dos EUA querem adoptar uma nova legislação com vista ao reforço do controlo sobre o investimento chinês no sector tecnológico americano.

China reduz reservas de capital exigidas ao sector financeiro

Para ajudar a libertar meios para as empresas com maiores níveis de endividamento a suportar as consequências provocadas pelo reforço das sanções aplicadas pelos Estados Unidos a um conjunto alargado de bens chineses, Pequim decidiu reduzir em 100 mil milhões de dólares as reservas de capital exigidas ao sistema financeiro.

A medida foi anunciada este domingo pelo banco central chinês que em comunicado.

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