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Fabricante da Mercedes é a primeira a prever menos lucro devido à guerra comercial

A Daimler é a primeira empresa global e de grande visibilidade a admitir lucros inferiores no final do ano afectada pela tensão entre as duas maiores economias mundiais.

3- Daimler (2016) – 1.008 milhões de euros (cartel)
Reuters
21 de Junho de 2018 às 07:52
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Os efeitos da guerra comercial entre EUA e China já se fazem notar nas contas das empresas. A Daimler foi a primeira a anunciar um corte nas perspectivas de lucro para 2018 e a justifica-lo com a guerra comercial. O resultado líquido, excluindo alguns itens, deverá mesmo ser inferior ao do ano anterior.

Mais de mil milhões de C-Class sedans, GLS e GLE crossovers que a Daimler exportou no ano passado tiveram a China como destino, e estão agora sujeitos às tarifas impostas por Pequim. A fabricante automóvel acredita que menos clientes estarão interessados em comprar Mercedes-Benz tendo em conta a carga imposta pelas tarifas.

"Com a perspectiva crescente de uma guerra comercial mais abrangente, menos indústrias serão poupadas e mais empresas terão de seguir a Daimler", comenta Nicholas Smith, estratega na CLSA Securities citado pela Bloomberg. E avisa de outro perigo: está será uma "desculpa perfeita" para aquelas empresas que precisem de cortar as previsões e não queiram avançar outros motivos.

O aumento da tensão entre os Estados Unidos e a China já há muito que afecta o desempenho dos mercados, ao provocar receios entre os investidores. E esta guerra não se confina às duas grandes potências: esta quarta-feira também a Europa avançou data para a sua retaliação. A Comissão Europeia decidiu que será esta sexta-feira, dia 22 de Junho, que entram em vigor as tarifas aduaneiras de 25% sobre cerca de 100 produtos norte-americanos.

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