As sanções económica aplicadas pelos Estados Unidos a Moscovo deram início a um ping-pong em que cada pancada significa a aplicação de novas penalizações. Esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas, o Presidente norte-americano Barack Obama anunciou que Washington tinha dado luz verde a um decreto que contempla a aplicação de sanções a 20 oficiais ligados ao regime moscovita e ao banco russo, por sinal o banco pessoal de do Presidente russo Vladimir Putin, revela o “Financial Times”.

Estas sanções juntam-se à penalização aplicada a 11 responsáveis russos e ucranianos pró-russos na última segunda-feira. Barack Obama criticou o desrespeito que a Rússia tem demonstrado pela Ucrânia e recordou Vladimir Putin de que as suas "actividades só estão a isolar o país da comunidade internacional".

“Os Estados Unidos estão hoje a avançar, tal como dissemos, na imposição de novas penalizações à Rússia”, disse Obama aos jornalistas. Washington avança assim com a sanção a mais 20 homens próximos de Vladimir Putin. O chefe de Gabinete do Presidente russo Vladimir Putin, Sergei Ivanov. O banco Rossiya foi a primeira instituição a ficar sujeita às sanções norte-americanas desde o início da crise na Ucrânia.

Os activos destes cidadãos, bem como do Banco Rossiya, que estejam sob jurisdição legal norte-americana serão congelados ou ficarão passíveis de captura.

O Kremlin ripostou e optou por anunciar o impedimento de entrada em território russo a nove oficiais norte-americanos, entre os quais se encontra o senador republicano e ex-candidato presidencial John McCain.

Ainda assim, o presidente norte-americano fez questão de referir que a diplomacia entre Estados Unidos e Rússia continua, no sentido de resolver a situação que se vive na Ucrânia.

Na próxima semana, Obama irá reunir-se com os restantes membros do G7, onde serão analisadas "medidas mais alargadas" de resposta à crise que se vive na região. A expulsão da Rússia do G8 já foi colocada em cima da mesa pelo primeiro-ministro britânico David Cameron.

(Notícia actualizada às 16h34 com a reacção da Rússia e novamente actualizada às 18h com a lista dos cidadãos sob sanção)