Notícia
Seul e Tóquio qualificam novas sanções de "advertência" a Pyongyang
A Coreia do Sul e o Japão afirmaram hoje que as novas sanções impostas a Pyongyang pela ONU representam uma advertência de que o país arrisca um isolamento total se prosseguir com os programas nuclear e de mísseis.
12 de Setembro de 2017 às 07:50
"A última resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas representa o compromisso renovado da comunidade internacional de não tolerar o desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte", assinalou o gabinete da presidência sul-coreana.
"Isto deixa clara a vontade da comunidade internacional para elevar a pressão a um novo nível e levar a Coreia do Norte a mudar as suas políticas", afirmou, por seu lado, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, também citado em comunicado.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira, por unanimidade, um novo pacote de sanções destinado a isolar economicamente a Coreia do Norte, que limita as importações de petróleo e derivados e proíbe as exportações de têxteis, entre outras medidas.
Este novo conjunto de sanções -- a oitava -- envia "uma séria advertência ao regime norte-coreano de que se prosseguir com as suas incessantes provocações apenas conseguirá aprofundar o seu isolamento económico e ficar sob maior pressão diplomática", realçou Seul.
"Se a Coreia do Norte continuar por este caminho ficará progressivamente mais isolada do resto do mundo e será incapaz de ter um futuro próspero", reiterou o chefe de Governo japonês.
As sanções impostas à Coreia do Norte são menos drásticas do aquilo que pretendia Washington, que queria uma proibição total de venda de crude, produtos petrolíferos refinados e gás à Coreia do Norte por parte dos Estados-membros da ONU.
No entanto, Rússia e China, com direito de veto no Conselho de Segurança, manifestaram a sua oposição a alguns dos pontos do projeto de resolução inicial elaborado pelos Estados Unidos, com o documento final a resultar mais 'suavizado' após negociações.
As medidas agora tomadas, somadas às sanções anteriores, que fixaram um embargo às exportações de carvão, ferro, peixe e marisco, representam uma perda de 2.700 milhões de dólares (cerca de 2,26 mil milhões de euros) para a Coreia do Norte, valor que corresponde a 90% das vendas ao estrangeiro, segundo cálculos apresentados no ano passado pelos Estados Unidos.
As sanções impostas na segunda-feira estendem-se ainda aos norte-coreanos empregados fora do país, aos quais não serão concedidos vistos de trabalho, o que os impedirá de enviar remessas dos rendimentos para o país de origem.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta resolução na sequência do sexto ensaio nuclear efectuado por Pyongyang em 03 de Setembro. A Coreia do Norte afirma ter testado com sucesso uma bomba de hidrogénio, conhecida como 'bomba H' miniaturizada, apta a ser colocada num míssil balístico intercontinental (ICBM).
O ensaio com uma bomba de hidrogénio foi o mais potente realizado pelo regime norte-coreano e suscitou a condenação da comunidade internacional, aumentando a tensão na região.
Em Julho, a Coreia do Norte já tinha realizado dois disparos de ICBM.
Estas actividades nucleares e balísticas violam as resoluções das Nações Unidas que com sanções, cada vez mais severas, pretendem forçar os dirigentes de Pyongyang a negociar os programas de armamento nuclear e convencional, considerados uma ameaça para a estabilidade mundial.
"Isto deixa clara a vontade da comunidade internacional para elevar a pressão a um novo nível e levar a Coreia do Norte a mudar as suas políticas", afirmou, por seu lado, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, também citado em comunicado.
Este novo conjunto de sanções -- a oitava -- envia "uma séria advertência ao regime norte-coreano de que se prosseguir com as suas incessantes provocações apenas conseguirá aprofundar o seu isolamento económico e ficar sob maior pressão diplomática", realçou Seul.
"Se a Coreia do Norte continuar por este caminho ficará progressivamente mais isolada do resto do mundo e será incapaz de ter um futuro próspero", reiterou o chefe de Governo japonês.
As sanções impostas à Coreia do Norte são menos drásticas do aquilo que pretendia Washington, que queria uma proibição total de venda de crude, produtos petrolíferos refinados e gás à Coreia do Norte por parte dos Estados-membros da ONU.
No entanto, Rússia e China, com direito de veto no Conselho de Segurança, manifestaram a sua oposição a alguns dos pontos do projeto de resolução inicial elaborado pelos Estados Unidos, com o documento final a resultar mais 'suavizado' após negociações.
As medidas agora tomadas, somadas às sanções anteriores, que fixaram um embargo às exportações de carvão, ferro, peixe e marisco, representam uma perda de 2.700 milhões de dólares (cerca de 2,26 mil milhões de euros) para a Coreia do Norte, valor que corresponde a 90% das vendas ao estrangeiro, segundo cálculos apresentados no ano passado pelos Estados Unidos.
As sanções impostas na segunda-feira estendem-se ainda aos norte-coreanos empregados fora do país, aos quais não serão concedidos vistos de trabalho, o que os impedirá de enviar remessas dos rendimentos para o país de origem.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta resolução na sequência do sexto ensaio nuclear efectuado por Pyongyang em 03 de Setembro. A Coreia do Norte afirma ter testado com sucesso uma bomba de hidrogénio, conhecida como 'bomba H' miniaturizada, apta a ser colocada num míssil balístico intercontinental (ICBM).
O ensaio com uma bomba de hidrogénio foi o mais potente realizado pelo regime norte-coreano e suscitou a condenação da comunidade internacional, aumentando a tensão na região.
Em Julho, a Coreia do Norte já tinha realizado dois disparos de ICBM.
Estas actividades nucleares e balísticas violam as resoluções das Nações Unidas que com sanções, cada vez mais severas, pretendem forçar os dirigentes de Pyongyang a negociar os programas de armamento nuclear e convencional, considerados uma ameaça para a estabilidade mundial.