Notícia
China pede a bancos para deixarem de emprestar dinheiro à Coreia do Norte
No cumprimento das últimas sanções da ONU, Pequim está a pedir aos bancos que ponham fim aos créditos e deixem de prestar serviços financeiros a entidades de Pyongyang. Maior parceiro económico da Coreia do Norte teme danos reputacionais.
Paulo Zacarias Gomes
paulozgomes@negocios.pt
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Carla Pedro
cpedro@negocios.pt
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Rita Faria
afaria@negocios.pt
21 de Setembro de 2017 às 12:18
As autoridades chinesas pediram aos bancos do país que dêem cumprimento às sanções reforçadas aplicadas à Coreia do Norte pelo Conselho de Segurança da ONU e deixem de prestar serviços financeiros a Pyongyang.
Segundo a Reuters, que cita quatro fontes próximas do processo, os bancos chineses devem também começar a reduzir os empréstimos existentes com clientes norte-coreanos, sob pena de o país vir a sofrer perdas económicas e danos reputacionais se não aplicar estas sanções.
O documento com as linhas de implementação destas novas limitações foi enviado aos bancos esta segunda-feira. Nele, pede-se aos funcionários das instituições que expliquem aos seus clientes que "o nosso banco está a cumprir com as obrigações internacionais e a implementar as sanções das Nações Unidas contra a Coreia do Norte. Assim, recusamos lidar com qualquer negócio ligado com a Coreia do Norte," refere a agência noticiosa.
O documento acrescenta que a gestão dos negócios ligados a Pyongyang se tornou um anúncio de âmbito nacional em termos políticos e de segurança. Pequim é o principal aliado e maior parceiro comercial de Pyongyang, com cerca de 80% das importações norte-coreanas de petróleo a procederem do país vizinho, segundo a Lusa.
Há quase duas semanas, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a oitava ronda de sanções, a mais dura alguma vez aplicada à Coreia do Norte, dias depois do teste de bomba de hidrogénio mais potente levado a cabo por Pyongyang, o sexto do género, apesar da oposição internacional.
A resolução aprovada na altura visava reduzir as importações de produtos de petróleo refinado por parte de Pyongyang, para dois milhões de barris por ano, bem como banir as exportações de têxteis para aquele país e conferir aos países a capacidade de congelarem activos dos cargueiros cujos operadores não concordem com inspecções em alto mar.
As sanções anteriores aplicadas a Pyongyang (sétima ronda) estabeleciam um embargo às exportações de carvão, ferro, peixe e marisco, com um impacto superior a 2,26 mil milhões de euros.
Entretanto, o regime liderado por Kim Jong-un levou a cabou um novo lançamento de míssil que sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido e voltou a suscitar a condenação na ONU. Ainda esta terça-feira, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente norte-americano apelidou Kim Jong-un de "homem-míssil" e referiu-se ao seu regime como um "bando de criminosos", admitindo destruir completamente a nação.
"Há um ditado que diz: ‘Os cães ladram e a caravana passa’", afirmou depois o ministro norte-coreano dos Negócios Estrangeiros, Ri Yong Ho, em declarações aos jornalistas, citado pela Reuters. "Se Trump estava à espera de nos surpreender com o seu ladrar estava claramente a sonhar".
Segundo a Reuters, que cita quatro fontes próximas do processo, os bancos chineses devem também começar a reduzir os empréstimos existentes com clientes norte-coreanos, sob pena de o país vir a sofrer perdas económicas e danos reputacionais se não aplicar estas sanções.
O documento acrescenta que a gestão dos negócios ligados a Pyongyang se tornou um anúncio de âmbito nacional em termos políticos e de segurança. Pequim é o principal aliado e maior parceiro comercial de Pyongyang, com cerca de 80% das importações norte-coreanas de petróleo a procederem do país vizinho, segundo a Lusa.
Há quase duas semanas, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a oitava ronda de sanções, a mais dura alguma vez aplicada à Coreia do Norte, dias depois do teste de bomba de hidrogénio mais potente levado a cabo por Pyongyang, o sexto do género, apesar da oposição internacional.
A resolução aprovada na altura visava reduzir as importações de produtos de petróleo refinado por parte de Pyongyang, para dois milhões de barris por ano, bem como banir as exportações de têxteis para aquele país e conferir aos países a capacidade de congelarem activos dos cargueiros cujos operadores não concordem com inspecções em alto mar.
As sanções anteriores aplicadas a Pyongyang (sétima ronda) estabeleciam um embargo às exportações de carvão, ferro, peixe e marisco, com um impacto superior a 2,26 mil milhões de euros.
Entretanto, o regime liderado por Kim Jong-un levou a cabou um novo lançamento de míssil que sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido e voltou a suscitar a condenação na ONU. Ainda esta terça-feira, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente norte-americano apelidou Kim Jong-un de "homem-míssil" e referiu-se ao seu regime como um "bando de criminosos", admitindo destruir completamente a nação.
"Há um ditado que diz: ‘Os cães ladram e a caravana passa’", afirmou depois o ministro norte-coreano dos Negócios Estrangeiros, Ri Yong Ho, em declarações aos jornalistas, citado pela Reuters. "Se Trump estava à espera de nos surpreender com o seu ladrar estava claramente a sonhar".