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Pyongyang "rejeita categoricamente" sanções do Conselho de Segurança

O representante da Coreia do Norte numa conferência sobre desarmamento da ONU diz que o seu país "rejeita categoricamente" as sanções que lhe foram impostas na segunda-feira pelo Conselho de Segurança após o seu último ensaio nuclear.

Reuters
12 de Setembro de 2017 às 12:53
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Numa sessão plenária da Conferência das Nações Unidas sobre Desarmamento, o embaixador Han Tae Song condenou a "intenção diabólica" dos Estados Unidos e afirmou que Pyongyang "garantirá que os EUA pagam o preço justo".

Na reunião, o embaixador norte-americano, Robert Wood, aplaudiu as sanções impostas pelo Conselho de Segurança, afirmando que a comunidade internacional "nunca aceitará a Coreia do Norte como um Estado com armas nucleares".

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira, por unanimidade, um novo pacote de sanções destinado a isolar economicamente a Coreia do Norte, que limita as importações de petróleo e derivados e proíbe as exportações de têxteis, entre outras medidas.

As sanções impostas à Coreia do Norte são menos drásticas do aquilo que pretendia Washington, que queria uma proibição total de venda de crude, produtos petrolíferos refinados e gás à Coreia do Norte por parte dos Estados-membros da ONU.

No entanto, Rússia e China, com direito de veto no Conselho de Segurança, manifestaram a sua oposição a alguns dos pontos do projecto de resolução inicial elaborado pelos Estados Unidos, com o documento final a resultar mais 'suavizado' após negociações.

As medidas agora tomadas, somadas às sanções anteriores, que fixaram um embargo às exportações de carvão, ferro, peixe e marisco, representam uma perda de 2.700 milhões de dólares (cerca de 2,26 mil milhões de euros) para a Coreia do Norte, valor que corresponde a 90% das vendas ao estrangeiro, segundo cálculos apresentados no ano passado pelos Estados Unidos.

As sanções impostas na segunda-feira estendem-se ainda aos norte-coreanos empregados fora do país, aos quais não serão concedidos vistos de trabalho, o que os impedirá de enviar remessas dos rendimentos para o país de origem.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta resolução na sequência do sexto ensaio nuclear efectuado por Pyongyang em 3 de Setembro. A Coreia do Norte afirma ter testado com sucesso uma bomba de hidrogénio, conhecida como 'bomba H' miniaturizada, apta a ser colocada num míssil balístico intercontinental (ICBM).

O ensaio com uma bomba de hidrogénio foi o mais potente realizado pelo regime norte-coreano e suscitou a condenação da comunidade internacional, aumentando a tensão na região.

Em Julho, a Coreia do Norte já tinha realizado dois disparos de ICBM.

Estas actividades nucleares e balísticas violam as resoluções das Nações Unidas que com sanções, cada vez mais severas, pretendem forçar os dirigentes de Pyongyang a negociar os programas de armamento nuclear e convencional, considerados uma ameaça para a estabilidade mundial.
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