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ONU aprova sanções mais duras de sempre contra Pyongyang

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou esta segunda-feira as sanções mais duras de sempre contra a Coreia do Norte.

Reuters
11 de Setembro de 2017 às 23:25
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Pyongyang tinha ameaçado com uma retaliação - implicando "grande dor e sofrimento" - se o Conselho de Segurança da ONU aprovasse sanções mais duras contra a Coreia do Norte devido ao seu mais recente teste nuclear, levado a cabo na madrugada de segunda-feira 4 de Setembro (ainda domingo em Lisboa). A ONU não fez caso das ameaças e aprovou esta noite as sanções mais duras de sempre contra aquele país, avançou a CNN.

Os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovaram estas sanções por unanimidade, depois de uma semana de conversações que começaram quando o regime de Kim Jong Un testou a sua bomba nuclear mais poderosa, refere, por seu lado, a Bloomberg.

A resolução hoje aprovada visa reduzir as importações de produtos de petróleo refinado por parte de Pyongyang, para dois milhões de barris por ano, bem como banir as exportações de têxteis para aquele país e conferir aos países a capacidade de congelarem activos dos cargueiros cujos operadores não concordem com inspecções em alto mar.

"Estamos a agir em resposta a novos desenvolvimentos perigosos", comentou a representante dos EUA junto da ONU, Nikki Haley, citada pela Bloomberg. "Estas são as medidas mais duras alguma vez impostas contra a Coreia do Norte", acrescentou a mesma responsável após a votação.

Nikki Haley adiantou ainda que os Estados Unidos continuam a ponderar actuar isoladamente, se necessário, no sentido de travar o programa nuclear de Pyongyang.

Recorde-se que no passado dia 7 de Setembro, também a União Europeia disse querer ir mais além da ONU. Segundo a chefe da diplomacia da União, Federica Mogherini, a UE irá preparar "sanções autónomas" contra a Coreia do Norte e adicionais às medidas aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Apesar de os EUA poderem "cantar vitória" por terem persuadido a Rússia e a China – que têm poder de veto no Conselho de Segurança e poderiam ter travado estas novas sanções – a aprovarem estas novas medidas, o resultado ficou aquém do que Washington esperava, sublinha a Bloomberg.

Com efeito, os EUA visavam um embargo petrolífero contra a Coreia do Norte e o congelamento dos bens de Kim Jong Un no estrangeiro.

A especulação de que a Coreia do Norte marcaria o aniversário da sua "fundação", no passado sábado, lançando mais um míssil balístico acabou por não se revelar certeira, o que aliviou os mercados accionistas na sessão desta segunda-feira.

Espera-se, agora, a reacção de Pyongyang à realidade destas sanções – podendo a incerteza voltar a intensificar a volatilidade nas bolsas e deixar os investidores nervosos.



(notícia actualizada às 00:55)

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