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Coreia do Norte ameaça EUA com “grande dor e sofrimento” se mais sanções forem aprovadas
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se hoje para votar uma resolução que pode determinar sanções mais duras ao regime norte-coreano. Pyongyang já ameaçou os EUA com retaliações caso sejam aprovadas mais medidas contra a Coreia do Norte.
A Coreia do Norte já reagiu à possibilidade de mais sanções virem a ser aplicadas as Pyongyang. E prometeu retaliar contra os Estados Unidos. O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se esta segunda-feira para votar uma resolução que poderá impor as sanções mais severas de sempre à Coreia do Norte na sequência do seu último ensaio nuclear.
O regime, de acordo com a agência de notícias da Coreia do Norte, citada pela Bloomberg, adianta que está a "acompanhar de perto os movimentos dos Estados Unidos". Pyongyang apontou que se os EUA conseguirem que a "’resolução’ ilegal e ilícita sobre sanções mais duras" seja aprovada "a República Popular Democrática da Coreia vai certificar-se que os Estados Unidos vão pagar o preço devido", avança a agência de informação coreana citando um comunicado do ministério do Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte.
"As próximas medidas que a República Popular Democrática da Coreia vai tomar vão causar aos EUA a maior dor e sofrimento por que passaram em toda a sua história", acrescentou a agência norte-coreana, citada pela Bloomberg.
A resolução que vai ser votada esta segunda-feira foi apresentada na passada terça-feira. O desafio com esta resolução para o Conselho de Segurança, e para os cinco membros permanentes com direito de veto (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China), é preservar a sua união frente a Pyongyang e, simultaneamente, adoptar medidas mais fortes para mostrar a sua determinação.
Os diplomatas ouvidos pela Associated Press, e citados pela Lusa, apontam que todos os 15 membros do Conselho de Segurança já discutiram em privado a proposta norte-americana na sexta-feira e que tanto a China como a Rússia parecem abertas a negociar.
Moscovo tem insistido no facto de que as sanções contra o regime norte-coreano não funcionam. O Presidente russo, Vladimir Putin, manifestou já a sua preocupação quanto a um corte total das entradas de petróleo na Coreia do Norte.
Tanto a China como a Rússia temem que, se houver um agravamento da crise na Coreia do Norte, cheguem aos dois países um número considerável de refugiados. Por conseguinte, ambos os países têm apelado a uma resolução que se foque na busca de uma solução política e propuseram que a Coreia do Norte suspendesse os seus testes nucleares e de mísseis em troca da suspensão dos exercícios militares conjuntos dos EUA e da Coreia do Sul, uma sugestão rejeitada pela administração Trump.