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Ameaças de Pyongyang não tiram ganhos a Wall Street

As bolsas dos Estados Unidos estão a negociar em alta, apesar dos receios com o escalar da tensão na península coreana e da aproximação ao país do furacão Irma.

Se a primeira reacção das bolsas à vitória eleitoral de Donald Trump foi de pânico, rapidamente esse sentimento deu lugar à euforia, com os investidores a fazerem contas aos ganhos que a política económica de Donald Trump pode proporcionar. Descida de impostos para as empresas e um forte investimento em infra-estruturas são duas das cenouras que atraem os investidores, mesmo havendo alguma incerteza sobre a capacidade de pôr em prática os ambiciosos planos do Presidente. Desde a tomada de posse, as acções americanas sobem 4%, renovando sucessivos recordes. O que também está a subir são as taxas de juro das obrigações, um movimento que provocou uma reavaliação global dos juros da dívida.
reuters
06 de Setembro de 2017 às 14:34
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Os principais índices norte-americanos abriram em alta ligeira esta quarta-feira, 6 de Setembro, ainda que seja de esperar que os investidores se mantenham cautelosos, devido às tensões na península coreana e aos receios de que o furacão Irma atinja os Estados Unidos, depois da devastação provocada pelo Harvey.

 

O índice industrial Dow Jones ganha 0,37% para 21.833,78 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq sobe 0,31% para 6.395,08 pontos. Já o S&P500 valoriza 0,31% para 2.465,35 pontos.

 

Depois de, no domingo, ter levado a cabo o seu mais poderoso teste nuclear, a Coreia do Norte já prometeu "mais presentes" aos Estados Unidos e garantiu que não vai abandonar o seu programa nuclear mesmo que aumentem as sanções contra o país.

 

"Os Estados Unidos estão terrivelmente equivocados se acreditam que podem assustar ou persuadir a RPDC (República Popular Democrática de Coreia, nome oficial de Coreia do Norte) dizendo que 'todas as opções' estão em cima da mesa e impondo as piores sanções e pressão" sobre o país, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.

 

O escalar da tensão penalizou os índices accionistas na terça-feira e levou os investidores a refugiarem-se em activos considerados mais seguros, como é o caso do ouro.

 

"Penso que a Coreia do Norte ainda vai ser um factor influenciador, com algum nervosismo por aí", afirma Scott Brown, economista-chefe da Raymond James, citado pela Reuters. "E também temos outro furacão a caminho da Flórida".

 

Esta quarta-feira, a Reserva Federal divulga o seu Livro Bege, depois de três responsáveis da autoridade monetária terem expressado dúvidas sobre uma nova subida dos juros este ano, devido à fraca recuperação da inflação.

 

Dados revelados antes da abertura do mercado mostram que o défice comercial dos Estados Unidos aumentou menos do que o esperado em Julho, com as exportações e importações a descerem. O défice aumentou 0,3% para 43,7 mil milhões de dólares, o que compara com a estimativa dos economistas de 44,6 mil milhões. 

As acções da HP sobem 0,31% para 19,30 dólares, depois de a empresa ter anunciado uma subida inesperada das receitas no trimestre. Já as acções da Newell Brands afundam 4% para 46,77 dólares, penalizadas pela revisão em baixa das estimativas de resultados por parte da companhia. 




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