Notícia
Coreia do Norte: Pequim apoia novas sanções, sem esclarecer se aceita proibição de petróleo
Pequim afirmou hoje que apoiará novas medidas contra a Coreia do Norte, horas antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU, mas não esclareceu se sustentará a proposta norte-americana de proibir a venda de petróleo a Pyongyang.
11 de Setembro de 2017 às 11:52
"A China apoia as resoluções do Conselho de Segurança da ONU para adoptar novas reacções e medidas necessárias em resposta ao sexto ensaio nuclear da Coreia do Norte", disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Geng Shuang em conferência de imprensa.
Geng escusou-se, no entanto, a responder se Pequim apoiará ou não a proibição da venda de petróleo ao regime de Pyongyang, proposta pelos Estados Unidos, mas recusada pela Rússia, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, tal como a China.
"Esperamos que os membros do Conselho possam tomar as suas decisões com base no consenso (...) para elevar a voz da união face ao resto do mundo", disse Geng.
O porta-voz sublinhou que a China sempre cumpriu com as suas obrigações internacionais, mas quis deixar clara a sua oposição a qualquer "sanção unilateral fora do âmbito do Conselho de Segurança", um alerta que Pequim tem feito frequentemente.
O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas reúne-se hoje a pedido dos Estados Unidos para votar uma resolução que poderá impor as sanções mais severas de sempre à Coreia do Norte na sequência do seu último ensaio nuclear.
A proposta norte-americana previa proibir imediatamente todas as importações de petróleo por Pyongyang e todas as exportações de têxteis norte-coreanas, mas uma versão revista divulgada por Washington aos restantes 14 membros do Conselho de Segurança na noite de domingo prevê um "embargo progressivo" sobre o petróleo destinado a Pyongyang.
Segundo diplomatas citados pela agência noticiosa francesa AFP, as duras negociações em curso há quatro dias sobretudo com Pequim e Moscovo, levaram os Estados Unidos a suavizar o texto original no que diz respeito nomeadamente à situação dos trabalhadores expatriados norte-coreanos e à inspecção, se necessário pela força, de navios suspeitos de transportar carga proibida pelas resoluções da ONU.
A Coreia do Norte realizou, em 3 de Setembro, o seu sexto ensaio nuclear, que disse ter-se tratado de uma bomba de hidrogénio, ou bomba H miniaturizada, apta a ser colocada num míssil balístico intercontinental (ICBM).
O teste com uma bomba de hidrogénio foi o mais potente já realizado pelo regime norte-coreano e suscitou a condenação da comunidade internacional, aumentando a tensão na região.
Em Julho, aquele país asiático já tinha realizado dois disparos de ICBM.
Estas atividades nucleares e balísticas violam as resoluções das Nações Unidas, que já infligiram sete conjuntos de sanções a Pyongyang.
FPA (DM/JH) // VM
Lusa/Fim</P>
Geng escusou-se, no entanto, a responder se Pequim apoiará ou não a proibição da venda de petróleo ao regime de Pyongyang, proposta pelos Estados Unidos, mas recusada pela Rússia, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, tal como a China.
O porta-voz sublinhou que a China sempre cumpriu com as suas obrigações internacionais, mas quis deixar clara a sua oposição a qualquer "sanção unilateral fora do âmbito do Conselho de Segurança", um alerta que Pequim tem feito frequentemente.
O Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas reúne-se hoje a pedido dos Estados Unidos para votar uma resolução que poderá impor as sanções mais severas de sempre à Coreia do Norte na sequência do seu último ensaio nuclear.
A proposta norte-americana previa proibir imediatamente todas as importações de petróleo por Pyongyang e todas as exportações de têxteis norte-coreanas, mas uma versão revista divulgada por Washington aos restantes 14 membros do Conselho de Segurança na noite de domingo prevê um "embargo progressivo" sobre o petróleo destinado a Pyongyang.
Segundo diplomatas citados pela agência noticiosa francesa AFP, as duras negociações em curso há quatro dias sobretudo com Pequim e Moscovo, levaram os Estados Unidos a suavizar o texto original no que diz respeito nomeadamente à situação dos trabalhadores expatriados norte-coreanos e à inspecção, se necessário pela força, de navios suspeitos de transportar carga proibida pelas resoluções da ONU.
A Coreia do Norte realizou, em 3 de Setembro, o seu sexto ensaio nuclear, que disse ter-se tratado de uma bomba de hidrogénio, ou bomba H miniaturizada, apta a ser colocada num míssil balístico intercontinental (ICBM).
O teste com uma bomba de hidrogénio foi o mais potente já realizado pelo regime norte-coreano e suscitou a condenação da comunidade internacional, aumentando a tensão na região.
Em Julho, aquele país asiático já tinha realizado dois disparos de ICBM.
Estas atividades nucleares e balísticas violam as resoluções das Nações Unidas, que já infligiram sete conjuntos de sanções a Pyongyang.
FPA (DM/JH) // VM
Lusa/Fim</P>