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Coreia do Norte ameaça "afundar" o Japão

O regime de Pyongyang prossegue as suas ameaças. Depois da "fúria e fogo" com que foi ameaçada pelos Estados Unidos, após os novos lançamentos de mísseis, agora foi a sua vez de renovar as recentes ameaças contra Washington dizendo que reduzirá o país a "cinzas e escuridão". Quanto ao Japão, ameaça afundá-lo.

14 de Setembro de 2017 às 20:40
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A Coreia do Norte fez uma nova ronda pelas ameaças contra alguns dos países responsáveis pelas sanções de que tem vindo a ser alvo, renovadas na semana passada com o endurecimento de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU visando Pyongyang.

Pyongyang tinha ameaçado com uma retaliação - implicando "grande dor e sofrimento" - se o Conselho de Segurança da ONU aprovasse sanções mais duras contra a Coreia do Norte devido ao seu mais recente teste nuclear, levado a cabo na madrugada de segunda-feira 4 de Setembro (ainda domingo em Lisboa). A ONU não fez caso das ameaças e aprovou na passada segunda-feira, 11 de Setembro, as sanções mais duras de sempre contra aquele país.


Os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovaram as sanções por unanimidade, depois de uma semana de conversações que começaram quando o regime de Kim Jong Un testou a sua bomba nuclear mais poderosa.

A resolução aprovada no dia 11 visa reduzir as importações de produtos de petróleo refinado por parte de Pyongyang, para dois milhões de barris por ano, bem como banir as exportações de têxteis para aquele país e conferir aos países a capacidade de congelarem activos dos cargueiros cujos operadores não concordem com inspecções em alto mar. 

A especulação de que a Coreia do Norte marcaria o aniversário da sua "fundação", no passado sábado, lançando mais um míssil balístico acabou por não se revelar certeira, o que aliviou os mercados accionistas. Mas Pyongyang "voltou à carga" no campo das ameaças, o que deixou hoje os investidores mais nervosos.

Esta quinta-feira, 14 de Setembro, segundo a Bloomberg, a agência noticiosa estatal Korean Central (KCNA), citando o Comité de Paz Coreano para a Ásia-Pacífico, referiu que "já não há necessidade de o Japão existir perto de nós". "As quatro ilhas do arquipélago devem ser afundadas em pleno mar pela bomba nuclear de Juche", acrescentou o comité, referindo-se à ideologia do regime associada à auto-confiança.

O secretário do gabinete central nipónico, Yoshihide Suga, já reagiu, considerando estes comentários muito provocatórios. "Se a Coreia do Norte continuar assim, ficará cada vez mais isolada do mundo", afirmou em Tóquio, citado pela Bloomberg.

Em finais de Agosto, recorde-se, o regime de Kim Jong Un lançou um míssil balístico que sobrevoou a região norte do Japão e acabou por se desintegrar. Este lançamento foi visto como um dos ensaios balísticos mais provocatórios levado a cabo nos últimos anos pelo regime ditatorial dinástico da Coreia do Norte. Foi o terceiro projéctil norte-coreano a sobrevoar território nipónico, depois dos lançamentos feitos em 1998 e 2009.

De acordo com a Bloomberg, esta nova série de ameaças surge numa altura em que se especula que Pyongyang poderá estar a preparar o lançamento de um míssil balístico de alcance intercontinental, reportou hoje a plataforma de notícias Nikkei, citando um membro do governo japonês que preferiu manter o anonimato.

 

Washington também não escapou a novas ameaças, tendo Pyongyang dito que os EUA devem ser reduzidos a "cinzas e escuridão".



(notícia actualizada às 21:48)

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