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Coreia do Norte assusta Japão com lançamento de novo míssil

O regime norte-coreano fez o novo lançamento de um míssil balístico, que sobrevoou o Japão. Em menos de um mês, é a segunda vez que o faz. Isto depois de, horas antes, ter dito que há que reduzir os EUA a "cinzas e escuridão" e "afundar" o Japão.

Reuters
14 de Setembro de 2017 às 23:32
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A Coreia do Norte lançou um novo míssil balístico esta quinta-feira (sendo que já era sexta-feira naquela região do globo), fazendo accionar de imediato os alarmes a nível internacional e levando a uma análise pronta, por militares norte-americanos e sul-coreanos, do tipo de arma, avançou o The Guardian.

Segundo se soube pouco depois, o míssil foi lançado em direcção ao Japão e terá saído da zona de Sunan, na capital do país.

 

O Japão, por seu lado, anunciou que o míssil tinha sobrevoado o seu território e advertiu a população para se abrigar, dado o perigo de os detritos do míssil em desintegração poderem atingir pessoas e navios, salientou a Reuters citando media nipónicos.

 

A emissora pública nipónica NHK avançou entretanto com mais pormenores, tendo informado que o míssil sobrevoou a ilha norte de Hokkaido e aterrou no Pacífico, a cerca de dois mil quilómetros a Leste do Japão.

 

Na Coreia do Sul, a Casa Azul – residência oficial do chefe de Estado e de governo sul-coreano, em Seul – convocou uma reunião de emergência do conselho de segurança nacional.

O Ministério sul-coreano da Defesa frisou, citado pelo The Telegraph, que este míssil terá provavelmente percorrido uma distância de 3.700 quilómetros e atingido uma altitude máxima de 770 quilómetros – ou seja, mais alto e com maior alcance do que o anteriormente lançado.

No passado dia 29 de Agosto, o regime de Kim Jong Un tinha já disparado um míssil que sobrevoou o Japão, numa manobra que Tóquio considerou uma "ameaça sem precedentes" para o país.

 

O regime de Pyongyang tem intensificado as suas ameaças contra alguns países desde que, na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU decretou as sanções mais duras de sempre contra a Coreia do Norte devido ao seu ensaio nuclear com uma bomba de hidrogénio ocorrido a 3 de Setembro.

O ensaio de 3 de Setembro deu origem a um distúrbio sísmico de magnitude 6,3 na escala de Richter, tornando-o assim na mais potente arma alguma vez testada pela Coreia do Norte, recorda a CNN.

Pyongyang ameaçou "afundar Japão"

 

Depois da "fúria e fogo" com que foi ameaçada pelos Estados Unidos, após os novos lançamentos de mísseis, agora foi a sua vez de Pyongyang renovar as recentes ameaças contra Washington dizendo que iria reduzir o país a "cinzas e escuridão". Quanto ao Japão, ameaçou afundá-lo.

 

Segundo a Bloomberg, o Comité de Paz Coreano para a Ásia-Pacífico, citado pela agência noticiosa estatal Korean Central (KCNA), referiu esta quinta-feira que "já não há necessidade de o Japão existir perto de nós".

"As quatro ilhas do arquipélago devem ser afundadas em pleno mar pela bomba nuclear de Juche", acrescentou o comité, referindo-se à ideologia do regime associada à auto-confiança.

Iene sobe e bolsas asiáticas cedem terreno

A moeda nipónica valorizou de imediato, assim que se soube do lançamento do míssil, tendo chegado a subir 0,6% face à nota verde e seguindo agora a ganhar 0,2% para 110,01 ienes por dólar.

Já os mercadods accionistas estão a revelar uma tendência contrária. Na negociação dos futuros, antes do horário regular da sessão desta sexta-feira, o índice Nikkei 225 seguia a perder 0,4% na bolsa japonesa e o Kospi recuava 0,2% na praça sul-coreana.

 


(notícia actualizada às 00:47 de sexta-feira 15 de Setembro)

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