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Trump ordena reforço de sanções contra a Coreia do Norte e seus parceiros comerciais

O presidente americano assinou uma ordem-executiva que confere ao Tesouro dos Estados Unidos a capacidade de reforçar as sanções económicas sobre a Coreia do Norte e a impor penalizações aos países que comercializem com Pyongyang.

Reuters
21 de Setembro de 2017 às 17:53
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Aperta-se o cerco para a Coreia do Norte. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quinta-feira, 21 de Setembro, que assinou hoje uma ordem-executiva que autoriza o Tesouro norte-americana a reforçar as sanções económicas que pendem sobre a Coreia do Norte e aplicar penalizações financeiras a países e empresas que mantenham negócios com o regime ditatorial de Pyongyang.

 

Após vários recados deixados à inacção da China – principal parceiro comercial e aliado diplomático de Pyongyang - relativamente às acções provocatórias levadas a cabo pela Coreia do Norte, Donald Trump revelou ainda que o presidente chinês, Xi Jinping, deu indicações ao banco central da China para que este instrua os bancos chineses no sentido de deixarem de realizar negócios com instituições norte-coreanas.


Segundo citação do Washington Post, Trump elogiou a atitude do homólogo chinês e classificou este conjunto de medidas como "muito corajosas". O inquilino da Casa Branca reiterou que o objectivo passa por dissuadir Pyongyang das suas ambições nucleares.

 

"Devo dizer que [estas medidas] representam a completa desnuclearização da Coreia do Norte que pretendemos alcançar", disse o líder americano numa curta declaração feita aos jornalistas. Detalhando um pouco mais o que está em causa, o presidente dos EUA notou que o objectivo passa por "cortar as fontes de receitas que permitem à Coreia do Norte prosseguir esforços no desenvolvimento" de armamento nuclear, especificando como sectores mais penalizados por este pacote de sanções as pescas, têxteis, informação tecnológica e produção industrial. 

 

As palavras de Trump foram proferidas à margem de um encontro com os líderes do Japão e da Coreia do Sul, vizinhos de Pyongyang que surgem como os alvos primordiais e mais imediatos do regime norte-coreano perante o eventual deflagrar de um conflito militar na península coreana.

 

O anúncio agora feito por Donald Trump havia sido antecipado, ao longo do dia, por diversos analistas, em especial depois de esta manhã o conselheiro da Casa Branca para a segurança nacional, H.R. McMaster.

 

O agora mais do que provável reforço das sanções que pendem sobre a Coreia do Norte surge cerca de duas semanas após as Nações Unidas terem voltado a intensificar as penalizações aplicadas àquele país. No início de Agosto, o Conselho de Segurança da ONU tinha aprovado por unanimidade a aplicação de novas sanções a Pyongyang como punição pela prossecução do programa nuclear norte-coreano.

 

Esta decisão não caiu bem junto do regime liderado pelo ditador Kim Jong-un, espoletando uma toada de respostas e contra-respostas que derivou numa escalada verbal de ameaças entre o líder da Coreia do Norte e Donald Trump.

 

O mais recente exemplo surgiu na passada terça-feira, quando Trump, na primeira intervenção feita na Assembleia Geral das Nações Unidas, admitiu a hipótese de "destruir totalmente a Coreia do Norte" se o país ousasse atacar a América ou os seus aliados, aludindo claramente a Seul e Tóquio. 

Esta quinta-feira, o chefe da diplomacia norte-coreana, Ri Yong-ho, comentou que o discurso de Trump parecia um "cão a ladrar". Amanhã, 21 de Setembro, Yong-ho vai discursar perante a Assembleia Geral da organização liderada pelo português António Guterres que, na abertura dos trabalhos, defendeu que só existe uma via para solucionar a tensão com a Coreia do Norte e que passa pela negociação diplomática.


(Notícia actualizada às 18:36)

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