Notícia
Guterres apela à anulação do decreto anti-imigração de Trump
"Estas medidas devem ser retiradas o mais depressa possível", disse Guterres aos jornalistas na sede da ONU em Nova Iorque.
01 de Fevereiro de 2017 às 17:50
O secretário-geral da ONU António Guterres considerou esta quarta-feira, 1 de Fevereiro, que a proibição de entrada nos EUA de cidadãos de diversos países, decretada pelo presidente Donald Trump, viola "princípios básicos" e deve ser eliminada.
Guterres considerou ainda que as medidas deste decreto migratório, que suspende a entrada nos Estados Unidos de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana, "não são eficazes se o objectivo é realmente evitar a entrada de terroristas".
"Estas medidas devem ser retiradas o mais depressa possível", disse Guterres aos jornalistas na sede da ONU em Nova Iorque.
"Se uma organização terrorista vai tentar atacar qualquer país, como os Estados Unidos, provavelmente não virá com pessoas com passaportes de países que já são zonas de conflito", considerou o diplomata português, que recordou a sofisticação com que operam estes grupos.
"Podem vir com passaportes dos países mais desenvolvidos do mundo ou podem utilizar as pessoas que já estão dentro do país e que podem estar aí há décadas", acrescentou.
Guterres apelou a que sejam evitadas "medidas que alimentem a ansiedade e a ira" porque "ajudam a desencadear os mecanismos de recrutamento que estas organizações estão a efectuar em todo o mundo".
"Por isso estamos a advogar com determinação a capacidade para adoptar medidas muito firmes em relação à gestão das fronteiras, mas ao mesmo tempo que não sejam baseadas em nenhuma discriminação vinculada com nacionalidade, religião ou etnia", explicou.
O dirigente da ONU, que já tinha reagido às medidas de Washington no decurso de sua deslocação à Etiópia, para a cimeira da União Africana, exprimiu-se hoje, e um dia após o seu porta-voz ter emitido um comunicado que criticava este género de decisões apesar de não mencionar explicitamente os Estados Unidos.
Na passada sexta-feira Donald Trump assinou uma ordem executiva que suspende durante 120 dias o programa de acolhimento de refugiados nos Estados Unidos e congela durante 90 dias a emissão de vistos para os cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irão e Iémen.
Guterres disse que considera "importante" deixar clara a "doutrina" da ONU, quer em relação ao veto a determinados países, quer às medidas sobre refugiados.
Ex-Alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres recordou que a recolocação é a "única solução" para muitas destas pessoas", tendo destacado a situação da população síria.
Guterres referiu ainda que os EUA foram um dos países na vanguarda destes esforços para proteger refugiados e manifestou confiança no "restabelecimento" desta política que "não exclua os sírios".
Guterres considerou ainda que as medidas deste decreto migratório, que suspende a entrada nos Estados Unidos de refugiados e cidadãos de sete países de maioria muçulmana, "não são eficazes se o objectivo é realmente evitar a entrada de terroristas".
"Se uma organização terrorista vai tentar atacar qualquer país, como os Estados Unidos, provavelmente não virá com pessoas com passaportes de países que já são zonas de conflito", considerou o diplomata português, que recordou a sofisticação com que operam estes grupos.
"Podem vir com passaportes dos países mais desenvolvidos do mundo ou podem utilizar as pessoas que já estão dentro do país e que podem estar aí há décadas", acrescentou.
Guterres apelou a que sejam evitadas "medidas que alimentem a ansiedade e a ira" porque "ajudam a desencadear os mecanismos de recrutamento que estas organizações estão a efectuar em todo o mundo".
"Por isso estamos a advogar com determinação a capacidade para adoptar medidas muito firmes em relação à gestão das fronteiras, mas ao mesmo tempo que não sejam baseadas em nenhuma discriminação vinculada com nacionalidade, religião ou etnia", explicou.
O dirigente da ONU, que já tinha reagido às medidas de Washington no decurso de sua deslocação à Etiópia, para a cimeira da União Africana, exprimiu-se hoje, e um dia após o seu porta-voz ter emitido um comunicado que criticava este género de decisões apesar de não mencionar explicitamente os Estados Unidos.
Na passada sexta-feira Donald Trump assinou uma ordem executiva que suspende durante 120 dias o programa de acolhimento de refugiados nos Estados Unidos e congela durante 90 dias a emissão de vistos para os cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Líbia, Sudão, Somália, Síria, Iraque, Irão e Iémen.
Guterres disse que considera "importante" deixar clara a "doutrina" da ONU, quer em relação ao veto a determinados países, quer às medidas sobre refugiados.
Ex-Alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres recordou que a recolocação é a "única solução" para muitas destas pessoas", tendo destacado a situação da população síria.
Guterres referiu ainda que os EUA foram um dos países na vanguarda destes esforços para proteger refugiados e manifestou confiança no "restabelecimento" desta política que "não exclua os sírios".