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Mais de um milhão contra visita de Trump ao Reino Unido

O número de subscritores da petição que quer impedir Trump de se encontrar com a rainha tem aumentado nas últimas horas, depois da visita de May aos EUA e da ordem do presidente para travar a entrada de alguns imigrantes no país.

Reuters
30 de Janeiro de 2017 às 12:38
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Mais de um milhão de pessoas já assinaram uma petição online contra a visita de Estado de Donald Trump ao Reino Unido no final do ano, deslocação para a qual foi convidado pelo governo de Theresa May, que já disse que manterá essa disponibilidade.

A marca foi ultrapassada na manhã desta segunda-feira, 30 de Janeiro. A petição, que pretende evitar a deslocação do presidente norte-americano pelo "embaraço" que pode causar à rainha Isabel II, está alojada no site do parlamento britânico e reunia, às 11:53, 1.141.413 assinaturas.

A petição, colocada ainda antes da visita de Theresa May a Washington na sexta-feira passada, atingiu rapidamente a marca de 100 mil assinaturas, condição necessária para que possa ser considerada a sua discussão no parlamento britânico.

"Donald Trump deve poder entrar no Reino Unido na sua condição de chefe do governo dos EUA, mas não deve ser convidado para fazer uma visita oficial de Estado porque causará embaraço a sua majestade a rainha.

A bem documentada misoginia e vulgaridade de Trump desqualifica-o de ser recebido por sua majestade a rainha ou o príncipe de Gales. Assim, durante a sua presidência, Donald Trump não deve ser convidado para uma visita de Estado ao Reino Unido," lê-se no documento.



Apesar do pedido dos cidadãos, o governo mantém a intenção de receber Trump em solo britânico. "O convite foi feito e aceite. O Reino Unido e os EUA têm uma relação muito forte e próxima e é correcto que continuemos a trabalhar juntos," disse já esta manhã, citado pela Reuters, um porta-voz do governo de May.

A adesão à petição intensificou-se no fim-de-semana, depois das ordens dadas pelo presidente norte-americano para impedir a entrada no país de cidadãos oriundos de sete países de maioria muçulmana com o argumento de evitar a chegada de terroristas.

A decisão gerou manifestações de protesto junto a aeroportos norte-americanos e processos judiciais, depois dos quais a Casa Branca veio esclarecer que os portadores de "green card" (títulos de residência permanente) não estão impedidos de entrar nos EUA.

Já esta manhã Donald Trump veio, através do Twitter, culpar o sistema informático da companhia aérea Delta pelo caos nos aeroportos, justificando que "apenas 109 em 325.000 pessoas foram detidas e levadas para interrogatório."

"Os grandes problemas nos aeroportos são causados pelo problema informático da Delta, pelos manifestantes e pelas lágrimas do senador Schumer", lê-se na mensagem, numa alusão às declarações de Chuck Schumer, senador por Nova Iorque, que ontem condenou entre lágrimas a ordem executiva de Trump.

Sen. Chuck Schumer becomes emotional speaking against Pres. Trump's immigration order, calling it "mean-spirited and un-American." pic.twitter.com/NkhUdpaNyV

"O secretário [John] Kelly disse que está tudo a correr bem, com poucos problemas. TORNEMOS A AMÉRICA SEGURA OUTRA VEZ. Não há nada bom em procurar terroristas antes que eles possam entrar no nosso país. Esta foi uma grande parte da minha campanha. Estudem o mundo!," lê-se nas três mensagens colocadas esta manhã.



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