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Obama apoia os protestos nos EUA e diz que os "valores americanos estão em causa"

O gabinete do antigo presidente dos Estados Unidos emitiu um comunicado onde apoia os protestos que decorrem por todo o país contra as medidas de Trump, e condena a discriminação de indivíduos com base na "religião e na fé".

Pete Souza
Negócios 30 de Janeiro de 2017 às 20:05
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Dez dias depois de Barack Obama ter deixado a Casa Branca, o seu gabinete emitiu um comunicado onde apoia os protestos que têm decorrido por todo o país, reconhecendo que "os valores americanos estão em causa".

 

Kevin Lewis, porta-voz do antigo presidente dos Estados Unidos, explicou que Obama é "encorajado pelo nível de envolvimento que está a ter lugar em comunidades por todo o país".

 

"Cidadãos exercendo o seu direito constitucional de se reunir, organizar e fazer-se ouvir pelos responsáveis eleitos é exactamente o que esperamos ver quando os valores americanos estão em causa", afirmou Lewis, citado pelo Politico.

 

O porta-voz do antigo chefe de Estado, que deixou o cargo a 20 de Janeiro, lembrou os comentários de Obama contra eventuais interdições a muçulmanos, sem nunca referir directamente a ordem executiva assinada por Donald Trump, e que tanta polémica tem gerado.

 

"No que diz respeito às comparações com as decisões de política externa do presidente Obama, como ouvimos antes, o presidente discorda fundamentalmente da noção de discriminar os indivíduos por causa da sua fé ou religião", frisou Lewis.

 

Barack Obama reage desta forma à ordem assinada no final da semana passada pelo seu sucessor que impede a entrada no país, pelo prazo de três meses (90 dias), de cidadãos oriundos do Irão, Iraque, Iémen, Sudão, Líbia, Síria e Somália, com o objectivo de proteger os Estados Unidos de atentados terroristas.

 

Já o programa de admissão de refugiados foi suspenso por 120 dias (quatro meses). Os portadores de "green card" - autorizações de residência no país - serão submetidos a escrutínio apertado. 

 

Estas medidas levaram milhares de pessoas a protestar nas cidades e nos aeroportos do país e vários advogados ofereceram-se para defender, pro bono, os prejudicados com a decisão de Trump.

O presidente garantiu que a ordem não tem motivação religiosa e que não visa os cidadãos muçulmanos em especial, aludindo no entanto à "execução" de cristãos no Médio Oriente.

 

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