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Trump culpa manifestantes e sistema informático por caos nos aeroportos

O presidente norte-americano nega que seja a medida por si tomada, de travar a entrada de imigrantes de sete países e apertar o controlo de passageiros, a causar a confusão nos aeroportos norte-americanos.

Reuters
30 de Janeiro de 2017 às 13:05
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O presidente norte-americano responsabilizou esta segunda-feira, 30 de Janeiro, o sistema informático de uma companhia aérea e os actos dos manifestantes pelo caos vivido nas últimas horas nos aeroportos norte-americanos, na sequência da ordem executiva dada por Donald Trump para impedir a entrada no país de cidadãos oriundos de sete países de maioria muçulmana.

Numa mensagem na rede social Twitter, Trump justifica que "apenas 109 em 325.000 pessoas foram detidas e levadas para interrogatório."

"Os grandes problemas nos aeroportos são causados pelo problema informático da Delta, pelos manifestantes e pelas lágrimas do senador Schumer", lê-se na mensagem, numa alusão às declarações de Chuck Schumer, senador por Nova Iorque, que ontem condenou entre lágrimas a ordem executiva de Trump.

Sen. Chuck Schumer becomes emotional speaking against Pres. Trump's immigration order, calling it "mean-spirited and un-American." pic.twitter.com/NkhUdpaNyV

Em causa estão também, segundo Trump, os efeitos de problemas no sistema informático da companhia Delta, neste domingo à noite. O presidente garante que do lado do Departamento do Interior são poucos os problemas verificados e que não é fácil controlar a entrada de estrangeiros para impedir a chegada de "terroristas".

"O secretário [John] Kelly disse que está tudo a correr bem, com poucos problemas. TORNEMOS A AMÉRICA SEGURA OUTRA VEZ. Não há nada bom em procurar terroristas antes que eles possam entrar no nosso país. Esta foi uma grande parte da minha campanha. Estudem o mundo!," lê-se nas três mensagens colocadas esta manhã.


Donald Trump assinou no final da semana passada uma ordem executiva que pretende impedir a entrada no país, pelo prazo de três meses (90 dias), de cidadãos oriundos do Irão, Iraque, Iémen, Sudão, Líbia, Síria e Somália, com o objectivo de proteger os EUA de atentados terroristas. Já o programa de admissão de refugiados foi suspenso por 120 dias (quatro meses). Os portadores de "green card" - autorizações de residência no país - serão submetidos a escrutínio apertado. 

Milhares de pessoas protestaram nas cidades e nos aeroportos do país contra a decisão e vários advogados ofereceram-se para defender, pro bono, os prejudicados com a decisão de Trump. O recurso aos tribunais já permitiu, em pelo menos cinco estados, tentar travar a execução da ordem, mas as autoridades terão, durante o dia de ontem, resistido às directivas judiciais.

O presidente veio defender durante o fim-de-semana que a ordem não tem motivação religiosa e que não visa os cidadãos muçulmanos em especial, aludindo no entanto à "execução" de cristãos no Médio Oriente.

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