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Ex-ministro de Dilma solto ao fim de cinco horas

O juiz Sérgio Moro, que lidera a Lava-Jato, referiu-se às circunstâncias em que Guido Mantega foi detido - quando acompanhava a mulher em tratamentos no hospital - para decidir a sua libertação. Mas as contas continuarão congeladas.

Bloomberg
Negócios 22 de Setembro de 2016 às 18:19
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Guido Mantega, o ex-ministro das Finanças brasileiro dos Governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff, foi libertado esta quinta-feira, 22 de Setembro, cinco horas depois de ter sido detido no âmbito de mais uma fase da operação anti-corrupção Lava-Jato.

A decisão de libertação foi assinada pelo juiz Sérgio Moro, que coordena a operação, com base em razões ligadas à saúde da mulher de Mantega, que o ex-ministro acompanhava no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratamentos quando se produziu a detenção.

"Sem embargo da gravidade dos fatos em apuração, noticiado que a prisão temporária foi efectivada na data de hoje quando o ex-Ministro acompanhava o cônjuge acometido de doença grave em cirurgia. Tal facto era desconhecido da autoridade policial, Ministério Público Federal e deste Juízo," lê-se na decisão de Moro divulgada pelo jornal Estado de São Paulo.

A detenção pretendia evitar riscos para a ordem pública e destruição de provas, uma possibilidade que o juiz não considera existir no momento. O ex-ministro não chegou sequer a depor. Contudo, a ordem de bloqueio de fundos até aos 10 milhões de reais (2,76 milhões de euros), decretada sobre o antigo governante e mais sete investigados, vai manter-se.


A investigação sustenta que um consórcio de fornecedores da Petrobras (Mendes Júnior e OSX) recebeu 255 milhões de euros em 2012 para construir duas plataformas flutuantes de petróleo (P-67 e P-70) e transferiu parte da verba para "pessoas ligadas a agentes públicos e políticos", havendo indícios de transferências através de uma empresa de fachada para um operador financeiro ligado a um partido político e à directoria internacional da Petrobras.

Mantega é acusado de ter pedido ao empresário Eike Batista (então dono da OSX) que transferisse 1,38 milhões de euros para o PT em Novembro de 2012, destinados a liquidar dívidas de campanha. Terá sido um depoimento de Eike a desencadear a detenção de Mantega. 

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