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Brasil: Palocci é o segundo ex-ministro de Lula e Dilma preso numa semana
Antonio Palocci é o segundo ex-ministro dos governos Lula e Dilma a ser preso no âmbito da operação Lava Jato. A Polícia Federal fê-lo com base em "indícios de relação criminosa" entre o ex-ministro e a Odebrecht.
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Antonio Palocci (à direita da foto, com Guido Mantega), ex-ministro dos governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff, foi detido esta manhã, 26 de Setembro, em São Paulo, no âmbito da 35ª fase da Operação Lava Jato.
As suspeitas sobre Palocci na Lava Jato surgiram após a delação do ex-director da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está preso, segundo o qual o ex-ministro lhe pediu que transferisse dois milhões de reais da empresa para a campanha presidencial da ex-presidente Dilma Rousseff.
Após as investigações, a Polícia Federal concluiu que há indícios de uma relação criminosa entre o ex-ministro e a Odebrecht, que fazia contratos sobrefacturados com a Petrobras para permitir encobrir o dinheiro repassado para o Partido dos Trabalhadores.
"Há indícios de que o ex-ministro actuou de forma directa a propiciar vantagens económicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o poder público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", refere o comunicado da PF, citado pela imprensa brasileira.
Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda (Finanças) no governo Lula. É o segundo ex-ministro dos governos do PT a ser preso no âmbito da operação Lava Jato.
Na semana passasa, Guido Mantega foi detido na 34ª fase da Lava-Jato. O ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma foi solto no mesmo dia, algumas horas depois, após uma decisão de ofício do juiz Sérgio Moro que atendeu ao facto de a sua mulher estar doente.