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Infanta Cristina apresenta-se esta segunda-feira em tribunal

A princesa espanhola é acusada de ser cúmplice do crime de fraude fiscal e, se for considerada culpada, pode ser condenada até oito anos de prisão. As acusações surgem no âmbito da investigação à Fundação Nóos, liderada pelo seu marido, Iñaki Urdangarin.

Reuters
11 de Janeiro de 2016 às 13:10
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A Infanta Cristina de Espanha compareceu em tribunal esta segunda-feira para enfrentar duas acusações de fraude fiscal, no âmbito de uma investigação de seis anos aos negócios do marido, Iñaki Urdangarin, noticia a Reuters esta segunda-feira 11 de Janeiro.

Cristina é o primeiro membro da família real a enfrentar a barra dos tribunais.

A princesa Cristina, de 50 anos, é uma das 18 acusadas no âmbito da investigação à Fundação Nóos, liderada pelo seu marido, Iñaki Urdangarin, acusado pela procuradoria de usar inapropriadamente milhões de euros de fundos públicos.

A irmã do rei de Espanha viu-se obrigada a comparecer em tribunal depois do juiz espanhol José Castro ter rejeitado o recurso interposto pela infanta Cristina, obrigando-a a sentar-se na cadeira dos réus.

Os detalhes da investigação tornaram-se públicos durante a crise económica, quando Espanha tinha em mãos um nível de desemprego recorde e se viu forçada a implementar medidas de austeridade.

O caso Nóos está baseado no presumível uso ilegítimo de seis milhões de euros provenientes de fundos públicos por parte de Iñaki Urdangarin e do seu sócio, Diego Torres.

Desde a abertura das investigações em 2010, o juiz José Castro defendeu em mais de cinco ocasiões a existência de indícios criminosos também por parte da Infanta.

O marido da infanta Cristina e ex-atleta olímpico, Iñaki Urdangarin, é acusado de usar as suas ligações à família real para ganhar contratos públicos para organizar eventos através da organização sem fins lucrativos, escreve a Reuters.

A procuradoria afirma também que algum dinheiro da fundação foi transferido para uma companhia detida maioritariamente pela princesa e por Urdangarin, e usado para pagar por bens pessoais, desde bilhetes de estacionamento, até festas de aniversário, adianta a agência.

Cristina é acusada de ser cúmplice do crime de fraude fiscal e, se considerada culpada, pode enfrentar até quatro anos de prisão por cada acusação – um máximo de oito anos, visto que enfrenta duas acusações.

O seu marido é acusado de nove crimes, incluindo fraude e evasão fiscal, sendo que, se condenado, poderá enfrentar uma pena até 19 anos de cadeia.

O casal, pais de quatro filhos, negaram quaisquer más práticas.

No entanto, o príncipe Filipe de Espanha, coroado rei em 2014 após Juan Carlos abdicar do trono a favor do filho, retirou o título de duquesa da irmã em Junho. 

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